Ela chegou pontualmente às 8 horaS, como combinado pelo telefone.
Bem arrumada, calça jeans bem apertada e uma blusa que lhe deixava o ombro à mostra. Os cabelos, mechados, lhe caíam pelos ombros.
Veio bem recomendada como empregada doméstica. Só se esqueceram de me avisar que ela sofria da síndrome de patroa.
Pedi-lhe as referências, o nome e o telefone.
- Meu nome é Elizabeth, com TH, como a rainha.
Meus telefones são...e me deu o de casa e os números de dois celulares.
Em seguida começou a me fazer perguntas.
- A senhora tem máquina de lavar e secar?
- Sim.
- Aspirador de pó?
- Sim.
- Freezer?
- Batedeira?
- Sim.
- Tem passadeira também, não? Porque eu detesto passar roupa.
- Tenho sim. Também tenho uma cabeleireira que vem em casa, uma costureira e um motorista, que você poderá usar também.
Agora, se você me permite, deixe-me fazer-lhe umas perguntinhas. Acho que está havendo uma inversão de posição. Sou eu a patroa e eu é que devo entrevistá-la.
- Você sabe falar francês?
- Ela me olhou com os olhos arregalados e disse: pra quê eu preciso falar francês?
- Porque aqui em casa só se serve à francesa. Lamento, mas não vou poder lhe dar o emprego.
edina bravo
Enviado por edina bravo em 28/07/2015
Reeditado em 02/03/2016
Código do texto: T5326725
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