Mensagens que edificam - 86

Eu quero sempre compartilhar um pouco daquilo que sei e daquilo que tenho aprendido, mesmo que para muitos aquilo de que sou convicto possa ser algo não verdadeiro, a minha intenção é a que contará e me fará sentir que estou me entregando por inteiro. Os meus propósitos podem não coincidir com o da maioria, e é mesmo assim que acontece, quando percebemos que estamos andando na contramão e nadando contra a correnteza. Pode até parecer loucura conviver com a certeza de que faço parte da minoria, e uma minoria diminuta, mas ao mesmo tempo me faz bem saber que mesmo não sendo nem me considerando melhor, sou agraciado por conseguir enxergar coisas que para muitos passa “batido” e “vazado”. Correr de encontro ao vento não é nada agradável, mas bem pior do que isso seria me calar e nada dizer quando sei que em algum momento algo que digo pode atingir alguém de alguma maneira, no sentido de agregar valores que possam, no mínimo, aumentar o leque de conhecimentos deste alguém. A vontade de escrever não me deixa admitir que uma ideia venha subscrever nem se perder no tempo ou ser deixada ao relento em algures do meu subconsciente, e assim encontro nos olhos e na curiosidade de quem busca um pouco mais do que já tem um lugar perfeito para deitar um pouco do que em mim transborda. Sei que não sou dono da verdade, nem nunca serei, mas também sei que jamais vou concordar com as mentiras, e isto é o que importa. Não sou mensageiro do engano, nem defendo teses infundadas e profanas; não tenho fábulas como preceito, nem a ninguém lendas eu conto ou algum tipo de veneno receito. É melhor o amargo da transparência do que o doce sabor da indecência. Se conduzir pessoas para abrir os olhos, ou na pior das hipóteses, fazê-las pensar, refletir, pesquisar, estudar, buscar a fundo o porquê de tudo que elas ouvem é fazer mal me considerem maldito, pois sempre que puder incitarei a sêde de conhecer e a curiosidade por descobrir de quem queira para além de janelas achar uma porta por onde sair. Talvez alguém diga: “não seria melhor mostrá-las uma porta por onde entrar?”. Eu respondo que não, porque o que mais a humanidade precisa não é de entradas, mas de saídas. Uma grande emboscada confinou as grandes massas num curral onde alguns poucos criaram os paradigmas e os ditames, e destes se utilizaram para controlar tudo e todos, através de rédeas sociais, filosóficas e principalmente concepções religiosas, e é por isso que eu repito que o mundo precisa com urgência de uma saída. O meu grito não é alto o suficiente, mas se cada um der o seu podemos formar um, ainda que pequeno, coral que ecoe nos quatro cantos do planeta e declarar que fomos enganados, mas não somos mais. Os chamados “pais”, que sem nenhum apego sentimental corroboraram para que hoje eu estivesse dissertando sobre isso, não se incomodaram se estariam criando filhos de mitos e praticantes de repetidos e plagiados ritos certamente não estão queimando em inferno nenhum, mas suas confusões, sim, fazem hoje um verdadeiro “inferno” ideológico a ponto de quem não acatar suas maquiavélicas loucuras ser incoerente e ilógico. Nem um pouco preocupado com o julgamento alheio, faço de minhas assertivas meus esteios, e me esvazio de tudo que estou cheio.

Lael Santos
Enviado por Lael Santos em 30/07/2015
Reeditado em 31/07/2015
Código do texto: T5329292
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