REMINISCÊNCIAS DE UMA VIDA COMPLEXA
Aprendi já há bastante tempo que um adulto é formado quando criança entre um a sete anos. O que ela sofrer nesse período vai aparecer em suas atitudes, suas reações pela vida inteira, enfim, vai formar seu caráter.
Foi numa aula de psicologia quando fazia faculdade, meu professor era excelente.
Uma mulher grávida não deve ter vícios como fumo e bebida, assim como não deve aborrecer-se.
Meu cardiologista também falou que não devo aborrecer-me, ficar triste, nada assim.
Pensei comigo mesma...ninguém decide aborrecer-se como distração, os aborrecimentos surgem independente de nossa vontade. Muitas vezes temos que engulir.
Como posso evitar aborrecimentos , tristezas, angústias num mundo desse em que vivemos!
Não tive uma infãncia e adolescência como um mar calmo, ou um mar de rosas, muito pelo contrário. Se hoje vivo triste, sinto saudades nem sei bem do quê; se não sou uma pessoa feliz, então acredito que sejam resquícios de uma infância e juventude tumultuada, sem esperanças.
O que lembro de bom em toda essa minha vida, dou o mérito a minha mãe, que foi uma guerreira, pessoa boníssima, dedicada que tudo fez, para que nós, eu e minha irmã, tivéssemos o melhor possível no meio de uma turbulência. Minha mãe, lembro bem , trabalhava de dia e se fosse necessário, ia pela noite adentro sem nunca reclamar da vida. Como nunca havia trabalhado, meu pai não deixava, isso acontecia sim...sem experiência ela não se importou, resolveu costurar, que sabia muito bem, e foi à luta. Era ainda
jovem e com muita coragem. Assim ela nos formou.
Tudo que tive de bom na vida como educação, bons modos, condição de arrumar ótimos empregos, fazer concursos, tudo devo a ela.Ela só não conseguiu que eu me tornasse uma pessoa extrovertida, alegre, bem que tentou.
Às vezes, penso qual o motivo dessa minha tristeza, esse meu jeito de isolar-me de todos, essa vontade que sinto muito frequente de chorar.
Quando penso que isso não dependia mais dela, querida mãe, que ela ficava com os olhos rasos de lágrimas, por me ver triste e nada podendo fazer, sinto por ela..
Mais uma vez, entre tantas, percebo que DEUS, que tanto me ajuda, deu-me o maior presente do mundo, quando me fez nascer sua filha.
Não sei se fui boa mãe para meu filho, mas sei que ele segue um caminho correto como pessoa, como profissional, como pai de família, enfim na vida.
Se tive alguma participação nisso ou se é tudo de acordo com seu caráter, não me atrevo a dar-me créditos.
A vida é muito complexa, a gente nunca sabe se errou ou se acertou. Gosteria de ter sido como minha mãe, mas sei que não fui.
Aprendi já há bastante tempo que um adulto é formado quando criança entre um a sete anos. O que ela sofrer nesse período vai aparecer em suas atitudes, suas reações pela vida inteira, enfim, vai formar seu caráter.
Foi numa aula de psicologia quando fazia faculdade, meu professor era excelente.
Uma mulher grávida não deve ter vícios como fumo e bebida, assim como não deve aborrecer-se.
Meu cardiologista também falou que não devo aborrecer-me, ficar triste, nada assim.
Pensei comigo mesma...ninguém decide aborrecer-se como distração, os aborrecimentos surgem independente de nossa vontade. Muitas vezes temos que engulir.
Como posso evitar aborrecimentos , tristezas, angústias num mundo desse em que vivemos!
Não tive uma infãncia e adolescência como um mar calmo, ou um mar de rosas, muito pelo contrário. Se hoje vivo triste, sinto saudades nem sei bem do quê; se não sou uma pessoa feliz, então acredito que sejam resquícios de uma infância e juventude tumultuada, sem esperanças.
O que lembro de bom em toda essa minha vida, dou o mérito a minha mãe, que foi uma guerreira, pessoa boníssima, dedicada que tudo fez, para que nós, eu e minha irmã, tivéssemos o melhor possível no meio de uma turbulência. Minha mãe, lembro bem , trabalhava de dia e se fosse necessário, ia pela noite adentro sem nunca reclamar da vida. Como nunca havia trabalhado, meu pai não deixava, isso acontecia sim...sem experiência ela não se importou, resolveu costurar, que sabia muito bem, e foi à luta. Era ainda
jovem e com muita coragem. Assim ela nos formou.
Tudo que tive de bom na vida como educação, bons modos, condição de arrumar ótimos empregos, fazer concursos, tudo devo a ela.Ela só não conseguiu que eu me tornasse uma pessoa extrovertida, alegre, bem que tentou.
Às vezes, penso qual o motivo dessa minha tristeza, esse meu jeito de isolar-me de todos, essa vontade que sinto muito frequente de chorar.
Quando penso que isso não dependia mais dela, querida mãe, que ela ficava com os olhos rasos de lágrimas, por me ver triste e nada podendo fazer, sinto por ela..
Mais uma vez, entre tantas, percebo que DEUS, que tanto me ajuda, deu-me o maior presente do mundo, quando me fez nascer sua filha.
Não sei se fui boa mãe para meu filho, mas sei que ele segue um caminho correto como pessoa, como profissional, como pai de família, enfim na vida.
Se tive alguma participação nisso ou se é tudo de acordo com seu caráter, não me atrevo a dar-me créditos.
A vida é muito complexa, a gente nunca sabe se errou ou se acertou. Gosteria de ter sido como minha mãe, mas sei que não fui.