Por que estamos em crise?

Bem, de forma bastante resumida, parte dessa circunstância tem relação direta à maneira com que o Brasil é administrado, não necessariamente por este ou outros partidos políticos.

O Brasil é um país extremamente caro, no que se refere à máquina pública, ou seja, legislar e governar o país custa muito dinheiro. Portanto, o que aumenta os gastos não são exatamente os programas sociais e sim a "despesa" de se manter a administração.

nAlém de cada deputado ganhar mais dinheiro do que qualquer executivon as maiores companhias do mundo, existe também um senado caríssimo, além de um número absurdo de ministérios. Tudo isso encarece a máquina.

Outro ponto importante (um dos mais importantes) de chama Petrobrás, e não estou me referindo aos escândalos de corrupção.

A Petrobrás, como a maioria das empresas de petróleo no mundo, pertence majoritariamente ao governo do Brasil.

Nada se faz sem petróleo. Não se transporta, não tem agricultura, nem indústria, nem nada. O Brasil segurou os preços dos derivados de petróleo por anos, no intuito de "mascarar" a inflação. Isso causou imensos prejuízos à empresa, derrubando seus lucros absurdamente.

Mas o que isso tem a ver com nosso país, já que nossa gasolina é caríssima? A Petrobrás não é auto-suficiente. Ela produz petróleo, mas muitos de seus produtos são obtidos por meio de outras empresas pelo mundo. Isso faz com que sua política comercial seja obrigada a seguir moldes internacionais. Se ela fosse auto-suficiente em tudo, poderíamos ter uma gasolina tão barata quanto a água que consumimos.

Segurando os preços dos derivados de petróleo, consegue-se segurar o preço de quase tudo. Isso vai de encontro à inflação, que fica mais baixa, porém de forma disfarçada.

Entretanto, não foi mais possível segurar. Caso contrário, o custo dessa brincadeira causaria estragos ainda maiores. Aumentando-se tudo relacionado a petróleo, os preços em geral sobem, consequentemente a inflação também, e diminui o poder de compra.

Quem sofre diretamente nas crises é a indústria. Como as lojas não vendem, não compram e por fim ambos demitem. Mais pessoas desempregadas perdem ainda mais a capacidade de comprar.

Divulgada a crise, o povo fica com medo de perder o emprego, então passam a gastar menos com aquilo que se pode esperar. Concentram seus gastos em alimentos e produtos essenciais.

Além disso, a falta de chuvas nos últimos anos fez com que a energia elétrica aumentasse muito, chegando perto dos 70%! Assim como o petróleo, tudo o que fazemos depende de energia elétrica, consequentemente os preços de quase todos os produtos irão subir.

Com despesas em alta, o Estado se vê obrigado a aumentar os impostos. Os empresários por sua vez repassam isso aos seus produtos.

Mas como fica então? Menos pessoas comprando e produtos ainda mais caros?

Diante de tal situação, os empresários diminuem ainda mais seus lucros para tentar aumentar o mínimo possível ou até mesmo manter preços.

Com lucros menores fica mais difícil manter gente empregada. Enxugam o quadro de funcionários e em muitos casos, partem para a sonegação fiscal. Caso contrário, fecham as portas. Mais empresas fechadas, menos emprego, menos renda, economia encolhida.

Resumidamente é isso. A crise econômica no país é real!

Mas um país não muda por meio de soluções emergentes em meio à crise. Tais soluções precisam ser trabalhadas durante os melhores períodos. Enquanto o Brasil não fizer sua lição de casa, o caos estará instalado.

Vale ainda lembrar que somos um país corrupto. Todas as escalas governamentais roubam dinheiro público, isso é fato! Quando tais escândalos vem à tona, os governantes perdem credibilidade, a população se revolta e a governabilidade se compromete, isso sem contar que hoje em dia, corrupção praticamente já faz parte da lista de despesas do governo, que cobra ainda mais impostos para sobreviver.

Os governantes tem culpa dessa situação toda? Sim, claro que tem!

São eles quem governam o nosso país. Se fizessem isso direito, não posso dizer que não teríamos crises, mas estaríamos prontos para enfrentá-las sem grandes preocupações.

Mas o que vemos é o claro retrato do jogo de interesses. Temos dezenas de ministérios não porque precisamos e sim porque o governo precisa distribuir cargos públicos para pagar favores. Nos anos eleitorais fazem verdadeiros milagres econômicos e sociais. Gastam muito com o que não é necessário e depois a conta fica para o povo pagar.

Vejamos o exemplo dos japoneses: eles não podem impedir a natureza de causar terremotos, mas podem estar sempre prontos, caso aconteçam.

Paulo Farias
Enviado por Paulo Farias em 07/08/2015
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