Panapaná

O homem grita tão alto a sua liberdade que acaba por assustá-la, por afugentá-la, deixando-a escorregar pelos dedos das mãos. Sinto inveja dos dias que nunca existiram e que talvez um dia eu possa lembrar e aplaudir. Em revoada está a liberdade do homem, pois ele não mais a procura, não mais sonha com ela, só a pronuncia, sem ao menos tentar conquistá-la. A vida anseia por homens que, além de criarem guerras, estejam nelas para lutar. Conheça primeiro, então, para o que e por quem vale a pena morrer. Que seja cada um o seu próprio emancipador, que se afaste do pedantismo e alcance os motivos que o levem a crer em sua liberdade. Vem colorir o céu como as borboletas em revoada, que só grita sua liberdade depois de conquistada.

Quézia Meira
Enviado por Quézia Meira em 13/08/2015
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