O Guardião
Acordou segurando a mãozinha fina de sua protegida. Segurava forte, poderia machucá-la. Desapertou e a acarinhou. Parecia estar a prender um pequeno pássaro, ele pensou sem ter palavras para exprimir o seu sentimento.
Era sua irmã, sua fada, sua poeta. De alguma forma que ele não compreendia ela era ele mesmo.
Apenas três palavras ele conhecia: guerra, sangue e morte.
Certificou-se de o seu punhal estar no lugar de sempre.
Dias difíceis, aqueles. Ninguém estava preso mas todos concordaram em fazer da Razão a imperadora mas como todos eles ela tinha um ponto fraco e o Desejo descobriu, levando-a a fraquejar para assumir o controle.
Fora uma estupidez. Somente a Razão conhecia o mundo e lhes contava das coisas que vira sem omitir nem carregar nos detalhes.
Todos sabiam o que tinha acontecido ao Amor que se mantinha silencioso e trêmulo a um canto. Todos acompanharam suas três experiências de mundo e como ela, desesperada, quis partir, levando-os fatalmente consigo.
Precisavam proteger o Amor. Era tão linda, gentil, aquela luz de jade emanando de seu peito e a envolvê-la em uma aura de cura. Ela era a fonte da vida de todos e a mais poderosa. No entanto fora muito machucada. Da terceira vez ele tomou furiosamente o punhal mas a Razão demoveu-o de seu intento assassino.
Tinha ódio ao Desejo, era um egocêntrico grosseiro e vulgar. Ele manchava a pureza do Amor. A Razão tinha o cuidado de esclarecer aos mais próximos acerca do que se passava. E conviviam, às vezes bem, às vezes em grande confusão.
O Amor estava amando e era reconhecida em seu valor inestimável pelo dono do seu coração mas o Desejo havia tentado destruir esse delicado sentimento, tornando-a infeliz.
Odiava-o. Passara uns dias à solta, com suas palavras baixas, seus cigarros infindáveis, e a comportar-se como se tivesse forças para enfrentar o que o Amor tinha enfrentado. Ademais era covarde. Teria-o matado se não fossem, eles todos, um só.
O Desejo era um tolo inconsequente e hedonista. Fizera a Razão perder o equilíbrio e chorar de frustração.
Aquilo não podia mais acontecer. Precisavam de ajuda.
Precisavam de ajuda.
Era sua irmã, sua fada, sua poeta. De alguma forma que ele não compreendia ela era ele mesmo.
Apenas três palavras ele conhecia: guerra, sangue e morte.
Certificou-se de o seu punhal estar no lugar de sempre.
Dias difíceis, aqueles. Ninguém estava preso mas todos concordaram em fazer da Razão a imperadora mas como todos eles ela tinha um ponto fraco e o Desejo descobriu, levando-a a fraquejar para assumir o controle.
Fora uma estupidez. Somente a Razão conhecia o mundo e lhes contava das coisas que vira sem omitir nem carregar nos detalhes.
Todos sabiam o que tinha acontecido ao Amor que se mantinha silencioso e trêmulo a um canto. Todos acompanharam suas três experiências de mundo e como ela, desesperada, quis partir, levando-os fatalmente consigo.
Precisavam proteger o Amor. Era tão linda, gentil, aquela luz de jade emanando de seu peito e a envolvê-la em uma aura de cura. Ela era a fonte da vida de todos e a mais poderosa. No entanto fora muito machucada. Da terceira vez ele tomou furiosamente o punhal mas a Razão demoveu-o de seu intento assassino.
Tinha ódio ao Desejo, era um egocêntrico grosseiro e vulgar. Ele manchava a pureza do Amor. A Razão tinha o cuidado de esclarecer aos mais próximos acerca do que se passava. E conviviam, às vezes bem, às vezes em grande confusão.
O Amor estava amando e era reconhecida em seu valor inestimável pelo dono do seu coração mas o Desejo havia tentado destruir esse delicado sentimento, tornando-a infeliz.
Odiava-o. Passara uns dias à solta, com suas palavras baixas, seus cigarros infindáveis, e a comportar-se como se tivesse forças para enfrentar o que o Amor tinha enfrentado. Ademais era covarde. Teria-o matado se não fossem, eles todos, um só.
O Desejo era um tolo inconsequente e hedonista. Fizera a Razão perder o equilíbrio e chorar de frustração.
Aquilo não podia mais acontecer. Precisavam de ajuda.
Precisavam de ajuda.