Sem Temer a Morte

Falar sobre a morte não é um tema fácil de ser abordado, admitamos. Vivemos em uma sociedade onde é inadmissível o reconhecimento da própria limitação e sofrimento. Exige-se um comportamento permanentemente feliz não importando o que se passe em seu íntimo. O conceito de felicidade ficou muito leviano.

A partir disso, surgem os conflitos, as depressões, incompreensões e a revolta contra si mesmo e o seu ambiente.

Como todos os seres vivos nascemos, crescemos e morremos. Não incluo aqui as questões metafísicas mas me atento aos conceitos práticos. Ao contrário dos demais seres, nós temos consciência de nosso espaço no mundo, nas construções, projetos e metas de vida para as realizações.

A vida costumo comparar a uma estrada a qual por vezes ela é bem feita e suave em sua travessia e em outras vezes, cheio de buracos necessitando do máximo esforço.

Buda ensinava uma ideia interessante, a da aceitação. Quando você aceita esta ideia tudo se torna mais fácil ou melhor, suportável.

Lao Tsé por sua vez ensina em seu Tao Teh Ching que tem que se evitar o falar desnecessário e agir como a água, acompanhando o fluxo, seguir a interação com o sistema natural. Depois que passei a compreender mais estes conceitos de pensadores tão antigos, concluo que não necessito sentir medo da morte, de algo que é o curso eterno da natureza.

Claro que não somos aceitar tudo que nos vêm, entretanto, há formas mais eficientes de se lidar com um problema. O medo é algo natural e que até em certo modo possui uma função protetora pela psicologia, mas não seja escravo dele.

As doenças modernas como depressão e síndrome do pânico merecem maiores atenções evidentemente, não existe milagre ou mágica. Existe sim cooperação e decisão.