Facebook ou Cidadela?
Já viram aquelas cidadelas medievais?
Sabe, aquelas muradas onde só mora um punhado de gente.
Lembram muito os atuais condomínios, mas só em relação a tamanho e a ideia de algo cercado, murado.
Quando uma cidadela ficava próxima uma da outra, ela tinha que:
1 - Brigar pela posse de água e a amplitude do seu comercio.
2 - viver em paz sem se importar com a vizinhança, quando a vizinhança não a prejudicava.
Cidadelas viviam longe o suficiente para se afastarem de outras e perto o suficiente para reabastecimento. Quando não viviam de seu próprio plantio e criação equina, bovina, caprina etc.
As contas no facebook estão deixando de ser uma rede social para serem uma rede antissocial, umas pequenas cidadelas onde você tem a oportunidade, o direito e o privilegio de escolher o que vai ler quem vai ver em seu feed.
Este privilégio te deixa num mar de comodidade e talvez num comodismo e claro, uma sensação de segurança e relaxamento onde a maioria das ideias das pessoas e pages que você lê completam tão bem seu narcisismo de achar que só seu lado é o certo.
Quando então aparece outra cidadela mais frágil ou mais forte, depende da sua coragem, você a enfrenta e diz: "não quero ler as ‘merdas’ que você escreve porque..."
(Às vezes eu acho que é medo de se converter para o contrário, ou evitar o desconforto de ter que ter alguém descordando de você.)
É por isso que faço da minha cidadela uma cidade sem portões, sem muros, de livre acesso para o comércio de informações, eu tenho muito para te dizer e sei que tenho muito para ouvir de você.
Então vamos lá!
Troquemos informações e formemos novas ideologias, novas opiniões.
Quem sabe um dia nós mostremos ao mundo que cada cabeça um mundo, mas todos os mundos vivem no mesmo universo.