Diário de um Palhaço, em: Filosofia

Acordei sem me reconhecer. Eu podia ser qualquer pessoa, escolhi ser eu mesma, apostar no melhor de mim. Vivo a imaginar o que poderia ter sido, onde eu poderia estar, o que estaria fazendo. Será que estaria feliz? A vida dá muitas voltas, mas apenas uma serve para cada pessoa. Não se pode ser tudo, eu fiz minha escolha, uso a cara pintada para que, ao ver a alegria do outro, eu fique alegre também. Eu escolhi não respirar direito por um nariz vermelho, pois, ao colocar este nariz minhas esperanças por um mundo melhor são renovadas. Não sei qual seria o rumo da minha vida se eu tivesse tomado uma decisão diferente, tivesse rejeitado este mundo cheio de cores e sonhos. Não sei viver em um mundo preto e branco. Sou a diferença na multidão, me diferencio pela excentricidade que não se encaixam em um mundo "normal". Quão normal é este mundo em que o dinheiro vale mais que princípios, caráter? Quão normal é este mundo em que há julgamentos, pré-conceitos, não há esforço para conhecer o próximo e o renegam (o próximo) por motivos injustos e irrealistas. Quão normal é este mundo que trata pessoas como estatísticas? Esqueceram que seres humanos são de humanas e não de exatas? Quão normal é este mundo em que pessoas jogam dinheiro ao vento enquanto outras não têm dinheiro nem para comprar alimento? São tantas outras coisas que passam por despercebida por serem "normais" que eu fico até muito feliz por não fazer parte desse mundo normal (que não passa de um circo, e dos piores).

Escrito em: 6 de julho de 2015

Aninha Torres
Enviado por Aninha Torres em 01/10/2015
Reeditado em 01/10/2015
Código do texto: T5400607
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