"Deus me acompanhe,
Deus me ampare,
Deus me levante,
Deus me dê força...
Deus me livre e guarde de você."
(Rita Lee)
 


Plagiando uma frase que vi, não sei onde, escrevi uma carta ao destino:
Querido destino, se não for pra mim, por favor, não ponha no meu caminho. Da última vez você só fez lambança.

Acho que se aborreceu, pois não me respondeu.

O fato é que há certos relacionamentos que mais parecem uma praga, um vício, um chiclete grudento, um carrapatinho do mato, daqueles da coceirinha gostosa. Você não quer ficar livre dele embora saiba que seu contato com ele é prejudicial. ­

Você jura que não vai mais procurá-lo(a), que prefere viver numa ilha deserta rodeada de jacarés por todos os lados, do que ver de novo a cara daquela pessoa. Mas, basta um desses jacarés te fazer lembrar aquele sorriso que te encanta, que você volta correndo da ilha. Tem uma recaída e lá vai dar uma cutucadinha nele(a) pelo whatsapp, ou facebook, e-mail, instagran, ou qualquer uma outra dessas tecnologias da rede social que, nessas horas, nunca trabalham a seu favor. Parecem aquelas amigas da onça querendo e facilitando as coisas para que o circo pegue fogo e você se torre inteira(o).

Ele(a) é um vício que você diz que quer largar, mas vai dar só mais uma tragadinha. A última. Você jura que é a última.
No outro dia, reza arrependida(o): 
Deus me livre e guarde de você.
Mas, como bem disse Fabíola Simões:
A carne é fraca e o espírito, vagabundo.


 
(Inspirado na música de Rita Lee, no texto de Fabíola Simões, nas frases de para-choque de caminhão, nas histórias ‘dazamigas’, nos romances e amizades do Recanto e na fraqueza da carne)
Suzana França
Enviado por Suzana França em 15/10/2015
Código do texto: T5415402
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