Oi pessoal ! Ontem,fazendo contato imediato com os meus botões,surgiu  esse texto...Me desculpem os grandes escritores,eu sei que estou longe de ser uma...Eu só tentei colocar uma idéia no papel,quero dizer, na escrivaninha...




Desejos "post mortem"


  Quem não tem medo da morte que levante o dedo !  Bem,eu imagino que deve ter uma meia dúzia de gatos pingados que juram que não temem a única certeza que a gente tem na vida.

  Eu particularmente tenho pavor ! Isso mesmo ! Eu não gosto nem de falar nela.
  Eu adoro viver e se eu pudesse escolher;eu viveria muuuitooo,mesmo que eu ficasse com pregas na pele no lugar de rugas(que nem as tartarugas)e acho que você também faria essa escolha;cá entre nós,não somos bobos,não é?

  E por conta do meu amor  pela vida ,é que eu faço pirraça para a morte .
  Tenho uns desejos que eu gostaria que respeitassem quando eu for dessa pra pior.(ninguém nunca voltou para falar que é melhor..) mas que até agora não tive coragem de passar para os familiares...rs..,por motivos óbvios,é claro...

Libero para vocês os meus desejos "post mortem"( eu acho que deixarei escrito desse jeito ):

  Não gastem dinheiro com flores;seria uma desperdício.Depois de morta eu lá vou saber quem me mandou flores?Poderiam me mandar um saco de estrume que a emoção seria a mesma:Nenhuma;Você já viu algum morto emocionado por receber flores?



  Nada daquelas frases "sentiremos saudades" ou "Fulano era uma excelente pessoa,vai fazer falta" .Prefiro o silêncio.
  "Nada do que falarem me fará voltar atrás".



  Eu dei esse espaço para entenderem a última frase.Entenderam a piadinha?





  Verifiquem  se é possível me enterrar no quintal de casa..A princípio pensei na economia ;afinal de contas quem quisesse chorar,xingar ou até mesmo colocar umas flores não precisaria ir ao cemitério,era só atravessar a varanda que já estaríamos juntos .E eu juraria antes do último suspiro não voltar em fantasma e nem pertubar a paz dos que ficaram,apesar da inveja.Mas depois tive outra idéia lendo uma lenda indígena em que uma india que morreu ,era muito querida em sua aldeia e no lugar que a enterraram nasceram lindas mandiocas.No nível do meu besteirol,claro que nasceriam abóbrinhas mas não seria de total ruim,pois eu acabaria "dando" sopa para um monte de esfomeados.
Mas não contem a ninguém caso vocês queiram vender a casa.

  Disfarçem e  cortem as minhas madeixas(mas depois coloquem um lencinho em respeito a morta vaidosa).Assim como já doei os meus orgãos ,também quero doar outras partes ,minhas .Seria o máximo fazer algum careca feliz.

  Ha..,me enterrem sem calcinha! Ao contrário daquela música antiga que pedem para ser enterrada com calcinha para o urubu não beliscar a bundinha;o problema aqui é outro.Tudo bem que eu não vou ver essa cena chocante,mas gostaria de poupar aquele que for ver ,no dia de uma eventual exumação, o meu pobre esqueletinho com uma calcinha já em pedaços sambando de larga nos meus ossinhos.

  E por fim,coloquem um endereço de um bom médium dentro da minha nave para poupar o trabalho de busca(com certeza pra onde eu vou não tem um pc para procurar na google),caso eu queira me comunicar para contar pra vocês que eu fui dessa para uma melhor ou pior.Vai se saber...