UM OLHAR DIGITAL SOBRE A HUMANIDADE

Com um simples toque de dedo, confortavelmente sentados ou deitados no sofá, fazemos diversas tarefas sem que precisássemos locomover-se; controlamos diversos aparelhos, hoje tudo digital, fazendo-nos meros expectadores da vida ou da TV. Não temos mais o direito ou não queremos por simples opção, de fazermos movimentos considerados banais, como levantar, andar e sentar. Estamos nos conformando em silêncio e sem tréguas, com os sagrados direitos das necessidades que nossos corpos terem de se movimentarem. O mal que estamos fazendo a eles é imensurável, porque ao deixarmos ele inativo, sem os movimentos que tanto ele necessita, para que as peças, todas vitais para o bom funcionamento e por consequência disso uma vida mais longa, como não estão sendo usadas, elas começam a falhar e as consequências são inevitáveis.

Estamos ficando sem opções de vida, nossos antepassados devem estarem se revirando nos túmulos, não porque das comodidades da era moderna e das admiráveis máquinas revolucionárias, que nos fazem deslumbrar cada vez que são anunciados como mais um milagre dessa magnífica era digital e principalmente os jovens pela carência que eles têm de se firmarem pelo padrão tecnológico ultramoderno que se instalou definitivamente em suas vidas, mais sim pela falta de iniciativa ou preguiça generalizada, que nos fazem reféns de todas estas parafernálias digitais na nossa vida moderna.

Os robôs automatizados estão nos substituindo em chão de fábricas ao redor do mundo, as máquinas estão aos poucos ocupando espaços que com o passar do tempo, não seremos mais úteis nem em atividades banais que consideramos sem importância, como o aperto de mão ou dá um bom dia, aliás, isso já nem existe mais. Será que ainda existe alguma salvação para que um dia não sejamos cartas fora do baralho e aí teríamos que procurar uma nova terra, para que tivéssemos um novo recomeço, onde reinventaríamos a roda e precisaríamos botar um cabresto para brecar o desenvolvimento tecnológico irracional.

Ricardo Nunes de Sales
Enviado por Ricardo Nunes de Sales em 19/10/2015
Reeditado em 22/05/2016
Código do texto: T5420411
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