Chega de pão e circo

CHEGA DE PÃO E CIRCO

Esta semana, durante viagem pela Europa, a presidente Dilma deu uma declaração se lamentando que seja um brasileiro o envolvido em uma das investigações por corrupção e desvio de dinheiro ao exterior. O envolvido, o deputado Eduardo Cunha, presidente da Câmara, também pela imprensa, prontamente rebateu as declarações de Dilma, ao dizer que lamenta que esse governo esteja envolvido no maior esquema de corrupção da história deste país. Em tréplica, a presidente, com toda autoridade e tom elevado que lhe é peculiar, disse que seu governo não está envolvido em nenhum esquema de corrupção.

Ora bolas, diante de tantas provas apresentadas, tantas falcatruas delatadas e da crise política e econômica em que estamos mergulhados, se o governo da presidenta não está envolvido em corrupção nenhuma, qual será o país que ela governa? A Suécia? A Dinamarca? Será que ela esqueceu que está por lá só de viagem e que quando voltar o caldeirão da Esplanada continuará fervendo? Ou será que pensa que acreditaremos em conto de fadas a vida inteira?

O palco está montado, assim como tudo cansa, o povo já enjoou desse antigo cenário que oferece somente pão e circo, aguarda, há um tempo, mais que isso, vem lentamente acordando de um mundo de fantasias, sabe que precisa de espetáculos, mas que, para estar com seus filhos completamente felizes e alegres esbanjando um sorriso colgate na plateia, é preciso que a saúde esteja em dia, que educação esteja em ordem, que tenha um transporte confiável para trazê-los e levá-los de volta, isso tudo, sem nenhum medo, com a devida segurança o tempo inteiro de prontidão, pelo menos isso, já seria suficiente para algum idiota, por mais inocente seja, acreditar em um discurso inflamado, carregado de falsidade e arrogância.

É fato, Eduardo Cunha está enrolado, com a corda circundando o pescoço, o que não podemos admitir é que um problema encubra o outro, o povo está passado com esse negócio de alguém sempre querer tampar o sol com a peneira, haja enrolação, cada um com os seus problemas, que respondam individualmente pelos seus atos, sem essa canalhice antiga, ultrapassada de tentar desviar o foco das atenções, chega de pão e circo.

GILMAR SANTANA
Enviado por GILMAR SANTANA em 21/10/2015
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