O ENEM - Parte II
 
Leitores, já que eu comecei o assunto é melhor terminar. Ontem o assunto principal nas redes sociais foi a questão sobre a filósofa Simone de Beauvoir. A questão é: quem é feminista a sério? Quantas feministas leram a obra de Simone? Quantas jovens adolescentes feministas apanharam dos pais pelo direito à liberdade? Eu já apanhei do meu. E olha que eu não sou feminista, machista nem nenhum outro "ista", eu sou eu, ora mais.
Daí vem um jovem dizer que eu fui contra as mulheres quando dei a minha opinião sobre a redação. O tema deste ano foi "a persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira". Eu disse "ora, se a pessoa machista (homem ou mulher) tiver argumentos convincentes, uma boa linha de pensamento aliada a uma excelente ortografia e boa caligrafia, ela tira dez!" Mas qual, descobri que não é permitido atacar o tema. Pois então não existe liberdade de pensamento no Exame. É de uma hipocrisia medonha não poder falar em favor da misoginia e praticá-la diariamente sem haver punição, nos salários menores que as mulheres ganham exercendo a mesma função, na família que renega a moça por ser lésbica, na parentela que manga pelas costas da moça solteira dizendo que "ninguém a quis", como é que é a história, por acaso mulheres são mercadorias expostas na feira para que os homens escolham as que mais lhes apetecem?
Haveremos de concordar que essa é a ideia que a mídia busca passar, com as mulheres-fruta, as assistentes de palco minimamente vestidas, as "musas" de cada escândalo político. E entre as mulheres existe isso também, senhores. Uma mulher só é amiga de outra mulher até entrar um homem na história. Salvo as exceções, não sabem dizer "esse homem não serve para mim, arrumou outra". O discurso é "se essa rapariga pensa que vai tomar meu homem tá muito enganada".

Tou mentindo?
Srta Vera
Enviado por Srta Vera em 25/10/2015
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