Era disso que eu tinha medo...

Não gosto do que me foge ao controle, mesmo sabendo que no final das contas não temos controle de nada. Não gosto de dias de chuva ou de dias de frio, ao não ser se for para passá-los integralmente confortável e aquecida debaixo das cobertas. Acho que tudo têm dois lados e que é sempre possível achar o melhor, basta um pouco de esforço. Não gosto de finais. Tenho pavor. Mas também sei que são, por muitas vezes, absolutamente necessários para que coisas novas possam começar. Especialmente não gosto de finais de relacionamento; de amores que acabam; de casais que terminam...

Talvez por isso mesmo eu jamais tenha coragem de acabar com alguém, mesmo sabendo que possivelmente a outra pessoa não teria a mesma compaixão por mim em muitas situações. Não consigo pelos mais diversos motivos, mas principalmente, por que a dor que não quero pra mim não desejo pra quem quer que seja. Ainda mais pra alguém que dividiu tanto da vida comigo. Acho injusto, acho triste e acho que da pra relevar quase tudo.

Mesmo que eu seja briguenta e exagerada. Eu que preciso tanto ser relevada! Então eu peso tudo e acho equilíbrio em meio a confusão interna e/ou externa em que me encontro. Acho que mais que uma ou duas chances, as pessoas precisam de votos de confiança, quantos sejam possíveis. Até muito mais do que talvez mereçam. Mas quem sou eu mesmo pra julgar o que o outro tem ou não a merecer? Sou tão imperfeita quanto todo mundo...

E me consola um pouco pensar assim. Eu que queria que todos os amores fossem possíveis e eternos e que todo mundo se entendesse no final. Alias finais esse que eu não queria que existissem.

Enfim, existe uma frase de alguém, que não lembro de quem é, mas que diz algo como: "Era disso que eu tinha medo: do que não durava para sempre".

E é por aí...

MAMagni
Enviado por MAMagni em 26/10/2015
Reeditado em 28/10/2015
Código do texto: T5428054
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