Todo o amor que houver nessa vida

"Quanto amor se pode ter nessa vida?", me perguntou um rapaz visivelmente perturbado por pensamentos incessante e loucamente ininterruptos. "Todo o amor do mundo e um pouco mais", respondi. "E como eu sei que eu não devo deixá-la ir embora da minha vida?", me perguntou angustiado.

Então eu disse: "Meça a saudade que você sente quando ela não está. Meça quantas vezes por dia você se lembra de algo realmente imbecil que saiu da boca dela, e se percebe sorrindo. Meça quantos planos você desfaria para ter a possibilidade de estar com ela por mais cinco minutos. Pense em quantas vezes a viu se preocupar sinceramente com você... e se ela apoiou quando você tomou aquela atitude que foi considerada loucura para o restante das pessoas. Pense em quantas vezes você viu o mundo parar de girar enquanto olhava para esta mesma pessoa, em silêncio, sem que ela soubesse. Não pense nos grandes momentos, apesar de a vida ser feita deles também... mas pense nos pequenos momentos. Eles são mais significativos. Eles são pequenos tijolos, que em conjunto, constroem uma casa. Considere se é a mão dela que você agarraria em alguma dificuldade, e se ela seria mulher o suficiente para enfrentar tempos de guerra ao teu lado. E pense se você seria homem o suficiente para suportar todas as crises femininas que ela provavelmente terá. Pense se você será homem o suficiente para deixá-la ser livre e ainda assim, ser sua. Pense se você seria homem o suficiente para ter uma mulher só. E pense no batimento cardíaco acelerado. Nas mãos extremamente frias. Nos olhos risonhos e enigmáticos. Pense na ansiedade... se ao saber que a verá às cinco da tarde, desde as três se encontrará com a alma eufórica. Se você sabe que consegue viver sem essa pessoa, mas também sabe que não quer, então você tem a sua resposta."

Passado um ano deste episódio, recebi um convite de casamento. E não apenas para ser convidada, mas para ser madrinha. E adivinhe só... o casamento era do rapaz que vivia aflito, com a moça que lhe causava aflição... aflição essa, que se tornou em alegria.

Pro amor não tem tarde demais, não tem cedo demais, não tem distância demais e nem impossível demais. Tem a opção de dar a cara à tapa ou não.

Débora Cervelatti Oliveira
Enviado por Débora Cervelatti Oliveira em 06/11/2015
Código do texto: T5439334
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