Escutando uma partida de futebol num rádio, quando a gente compara o ritmo empolgado e alucinante da narração com o verdadeiro ritmo que as imagens da TV revelam, a notória diferença desperta risos.    

É fácil perceber que o grande artista, o locutor esportivo, caso fosse fiel às cenas da realidade, nenhum ouvinte ele conquistaria.
 
Essa capacidade de iludir, objetivando prender a atenção, aquele que narra uma corrida de Fórmula 1 busca demais possuir.
 
A atração automobilística perdeu toda a graça.
Ontem, no GP do Brasil, não havia nada justificando assistir a corrida, pois o campeão já estava definido, os pilotos brasileiros guiam carros que limitam bastante o sucesso e, observando nosso Felipe, o cara sempre carrega problemas.
Às vezes o carro pifa, outra hora fizeram maldade com ele, daqui a pouco a equipe vacilou trocando os pneus, enfim, o babaca não cessa de sofrer injustiças.
 
Nesse universo aquele que narra, o querido Galvão, procura inventar mil e uma emoções as quais não existem.
_ Ele nunca usou essa peruca no Brasil.
_ Se todos quebrarem ele acaba ganhando.
 
Conferindo tantas besteiras, um instante foi engraçado:
Ouvindo o rádio de Hamilton, a gravação durou um minuto.
Inspirado Galvão falou:
_ Isso não é um rádio, é um capítulo de novela! 
**
Confesso que ignoro a posição final dos brasileiros.
Estou disposto a passar a ignorar o evento e as opiniões do artista, o famoso narrador mentindo sobre os fatos, inquieto criando assuntos, forçando a barra almejando seduzir o infeliz telespectador.
 
A corrida continuou chata pra caramba.
O gigantesco papo furado não convenceu.
Desnecessário dizer que Massa não venceu.
 
Um abraço!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 16/11/2015
Reeditado em 16/11/2015
Código do texto: T5450571
Classificação de conteúdo: seguro