Quem fará a roda girar ao contrário?

Hoje eu pensei em falar sobre política. Esse era o tema desse texto. Estava quase tudo pronto, e eu sentei-me em frente ao computador para enfim dissertar sobre o assunto. Mas aí minha curiosidade foi mais forte e eu abri a página de um jornal online e me deparei com a notícia em que, policiais agrediram alguns membros de uma família que estava em uma festa dentro de casa e faziam barulho alto que incomodava os vizinhos. Uma violência injustificável.

Por outro lado, os policiais passaram o dia trabalhando e quando chega a noite se deparam com uma ocorrência onde pessoas estão perturbando o sono de outras, que ligam em tom enraivecido dando maior tensão a tudo isso. E isso não é algo incomum no nosso país. Vivemos um momento de tensão muito grande e isso pode ser percebido facilmente em cenas como essa.

Um acontecimento desses seria tão facilmente resolvido se ambos tivessem agido com bom senso e conversado de forma amigável. Mas as coisas não estão nada bem por aqui. Você nasce e desde pequeno é levado a odiar a polícia, e a polícia, por achar que a população a odeia, devolve toda essa fúria em forma de violência desnecessária. Some isso a um despreparo, salários baixos e você tem o exato exemplo do que é nossa polícia.

Isso cria um círculo vicioso de ódio que parece não acabar nunca. Isso não é só em caso de violência policial, mas acontece em muitas outras coisas na nação verde amarela. A nossa política é um reflexo dessa roda. Ela gira desta forma desde os tempos em que Portugal mandava por aqui. Mas toda vez que um jovem político entra para esse círculo ele tende a fazer o mesmo caminho. Afinal de contas é muito mais fácil fazer o que sempre foi feito.

A roda gira em torno do que irá nos beneficiar mais rápido, e não necessariamente, do que irá beneficiar a todos. O Brasil e sua política de “seguir como está” acaba prejudicando aqueles que crescem e se desenvolvolvem em meio a tudo isso. Já sabem desde pequeno que Caráter não dá dinheiro.

E assim a roda gira. E assim as coisas continuam. Não temos leis que punem porque ninguém quer mexer na constituição, que é a mãe de todas as leis. Não temos uma polícia efetiva porque todo político que acaba eleito não faz aquilo que promete. Não temos educação porque não damos valor a isso. Educação não dá voto. Enquanto isso eu pergunto: Quem fará a roda girar ao contrário? Quem irá desafiar o que todos comumente aceitam?

Difícil saber. Enquanto isso o Brasil segue sendo o Brasil.

Droga, acabei falando sobre política. Na próxima eu prometo não falar.