A Caneca do Marido

Talvez não se inicie uma crônica assim, mas, ela diz sobre algo sem noção.

Certo dia ganhei uma caneca, ela era de louça, ganhei em Natal, não no mês de dezembro, mas, creio que foi em julho, assim, natal é o lugar não uma data metódica. Ganhei de presente como o melhor marido do mundo. Creio que foi por causa de uma viagem, algo como uma lua de mel para um relacionamento que se iniciava. O mais engraçado foi que o presente dado então pela noiva que me pretendia, sequer foi pago por ela, pelo que me lembro, foi a mãe dela que pagou!

Ai me pergunto: "que crônica é essa?", ah é, ela é a crônica da caneca do marido. O mais interessante é que só ganhei dela depois que voltei do natal. Com ar irônico e maroto, ela me disse: "sou a mulher da sua vida! Bem, pelo menos vou ser!" como não havia entendido muito bem, devia eu ter saído correndo e abandonado a caneca com a pretendente.

Coisas estranhas acontecem com a vida da gente! Vejam bem vocês. Hoje estou sem caneca, sem a pretendida e sem minha preferida e amada mulher e amiga! O tempo passou a caneca, nem sei onde ficou. Creio que no passado junto com um monte de promessa, de vida, de filhos e de estar pelo resto da vida junto!

Também não sei bem onde ficou o meu natal, já que ele não devia ter a caneca de melhor marido do mundo, mas, como nesse mundo tudo passa, só não passa as mentiras deixadas como verdades, até mesmo a da caneca de melhor marido do mundo!