Mudei, não quero impeachment

Ontem respondi um enquete dizendo-me contra, o impeachment da Presidente. Quem lê habitualmente o que escrevo sabe que defendi com ênfase a tese, mas, por que mudei agora?

Porque fatos novos revelaram que a gravidade da república de salafrários que se instalou é extremamente superior ao estelionato da campanha, ou, as ditas “pedaladas” que, seriam sobejos motivos para o impedimento via legal.

O caso do Líder do Governo no Senado, Delcídio Amaral tentando subornar ao delator Cerveró, para que fugisse do país, invés de falar o que sabe, sobretudo, no que tange à compra de Pasadena, atinge uma estatura de máfia mesmo, não de um partido político, com, eventuais desvios, como supunham alguns incautos.

Pior, no melhor estilo mafioso, a cúpula “descarta” quem se deixa apanhar, como fizeram com André Vargas e ameaçam fazer com Delcídio, expulsar do partido.

A Nota do PT, aliás, diz não dever solidariedade ao ilustre filiado, uma vez que estaria agindo em causa própria, não da sigla. Assim sendo, é lícito concluir que, se estivesse a serviço do PT seria defendido invés de expulso. Mais; a “censura” do Lula chamando ao Senador de imbecil refere-se ao seu amadorismo em fazer a coisa, não por suas escolhas morais, que são comuns entre eles.

Mas, pergunta meu neurônio número dois, se, a delação de Cerveró vai elucidar o que houve na compra da refinaria que envolve diretamente à presidente Dilma, isso não atingiria o coração do Partido? Sua condição de líder do Governo é pessoal, ou, partidária? Esses canhotos têm uma lógica...

Na sua lógica, aliás, roubar a torto e a direito pode, o que não pode é se deixar apanhar, ou, assumir isso. Se mantiver o bico fechado como João Paulo Cunha, Delúbio Soares, José Genoíno, José Dirceu... invés de expulso é promovido a “Guerreiro do povo brasileiro.”

De repente os relinchos de aluguel que bradavam, golpe! Coxinhas! E assemelhados, silenciaram... a propósito de golpe, que seria a antítese da democracia, no Congresso da Juventude Petista, Don Corlulone disse que o seu ideal seria ganhar a presidência, os governos estaduais, todas as cadeiras no Senado e no Congresso, como de resto as prefeituras e as câmaras de vereadores. Viram que mimo de mentalidade democrata?

Ora, alternância de poder e oposição são coisas absolutamente necessárias à democracia, dada a natureza e imperfeição humanas. Ocorre-me uma frase de Eça de Queiroz: “Políticos, como fraldas, devem ser trocados periodicamente, pela mesma razão.”

Na “democracia” petista, não. Dada a “perfeição” de seu ideal, e a “probidade” dos partidários, aqueles acessórios são dispensáveis.

Confesso-me envergonhado por alguns amigos que defenderam com veemência tais facínoras, porém, erro de visão, e até mesmo o capitular a uma paixão são fraquezas de todos nós; saibam que os entendo, pois. Mas, defender o indefensável, só o fazem os maiores patifes, os piores canalhas.

Então, não quero mais o impedimento da presidente, seria irrisório ante a gravidade dos crimes, ah, sem falar na Mega Sena, que é fraudada também e detalhes virão à tona.

Voltando, quero mais que impeachment, o banimento do PT da nossa política, prisão e punição exemplares dos envolvidos e arresto de bens, ressarcindo ao Erário tanto quanto for possível.

E vêm os Institutos de pesquisa afirmando que tantos por cento votariam em Lula em 2018 como se, esse presidiário adiado fosse ainda um ator no cenário político; avisem lá que acabou, dá-lhe Sérgio Moro e equipe! Cadeia neles! PT saudações...