PENSAR

Não sei quantos de nós já paramos para refletir sobre o significado da palavra “pensar”, isso mesmo, pensar sobre pensar. Qual o seu significado e importância para a vida de nós, seres pensantes?

Fazendo uma consulta ao “pai dos inteligentes”, ou seja, ao dicionário, pois só quem consulta o dicionário são pessoas inteligentes, veremos que o verbete “pensar” encontra-se pertencente a três classes de palavras: verbo, adjetivo e substantivo (masculino).

Quanto a primeira classe, esta é a mais conhecida pela maioria dos falantes de nossa língua pátria, em se tratando da palavra em comento; qualquer pessoa com um mínimo de escolaridade saberá dizer que “pensar” é um verbo.

Temos a expressão “penso” que pode ser a forma conjugada na primeira pessoa do singular no presente do indicativo, ou seja, “eu penso”, mas que também pode ser uma derivação regressiva do próprio verbo pensar e pertencer a segunda classe de palavras, qual seja, um adjetivo; por exemplo: “ele é penso”, ou seja, está inclinado.

Quanto ao substantivo, já quase em desuso, a expressão “penso”, também forma regressiva do verbo, pode trata-se de um tipo de curativo; de forma de higienização de algum ferimento; de limpeza ou tratamento de comida destinada a crianças. Em Portugal a expressão “penso higiênico” equivale, aqui no Brasil, ao absorvente, destinado a conter o fluxo menstrual; ainda em Portugal a expressão “penso rápido” é equivalente ao nosso tão conhecido “bandeide”. Ainda quando criança ouvia os mais velhos falarem “vou colocar um penso sobre esse ferimento”. Em outras palavras “pôr um penso” quer dizer colocar um curativo.

Diante disso tudo, pensar em coisas boas, retas, prazerosas, justas, íntegras é uma maneira de “pôr um penso” sobre o espírito, sobre a alma, sobre o coração, sobre a mente.

Não existe outra maneira de nós seres humanos nos curarmos de nossas inquietações, de nossas dúvidas que não seja por meio do pensamento, pensamento reflexivo e construtivo. Não existe outra maneira de traçar metas a fim de conquistar nossos sonhos que não seja por meio do ato de pensar.

Pensar é curar a alma, mas não somente isso, é também higienizar o alimento que servirá para o engrandecimento do ser, o ser-pensante. Deixar de pensar é ser mais um entre a “manada” que segue o som do berrante sem contestar, sem saber para onde vai, sem saber se será levado ao pasto ou ao matadouro.

Manoel Barreto
Enviado por Manoel Barreto em 16/01/2016
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