Um dia de sol...

Tudo que fazemos pode servir de exemplo para alguém, ou até para si mesmo. Relembrar o passado é difícil, ainda mais quando existe uma ferida aberta. Porém é lá que buscamos respostas para a vida.

Saudades das tarde frias, em que sentada ao redor de um velho fogão à lenha, ouvia atenta as histórias dos meus avôs. A ruga em suas caras demonstrava experiências, tristezas, sofrimentos e saudades... Era um lindo sorriso, de quem viveu e hoje, descansa em paz.

Ao abrir a caixinha de lembranças...São cartas, simples e pequenos papéis que expressão tanta emoção. Aquele bilhete da sala de aula, que de tão secreto se perdeu no tempo. As sementinhas e conchinhas que levam ao dia inexplicável na praia. O folder da festa....aquela que foi a melhor. Até aquele brinco que foi perdido no amaço gostoso está ali, só.

Rever fotos, tão bem guardadas...Por quê? Simples, essas nós levam ao momento, e dói pensar que tudo poderia ser diferente. Que por atos egoístas deixamos de viver grandes amores, grandes amizades. Queremos voltar ao passado, pintar o nariz e brincar de ser palhaço, abraçar forte aquela pessoa que nunca mais se viu (Ah se soubesse que nunca mais o viria...iria dizer que foi bom conhecê-lo, que por alguns instantes foi o centro das minhas atenções e que sempre será lembrado), dançar aquela musica que nunca mais foi igual, dizer o quanto ama, ou quem ama sem medo, soltar aquele grito que nunca se teve coragem...

Além da saudade e da falta que alguma coisa deixou, vem uma resposta... uma vontade...

Ligar para meus pais e dizer o quanto os amo, o quanto são importantes para mim e o quanto sou grata por tudo e pedir que Deus os abençoe. Encontrar aquela pessoa e lhe dizer que foi meu único e verdadeiro amor, que me arrependo por ser egoísta e que se pudesse corrigir, tudo seria diferente. Abraçar minhas amigas e deixar que o silêncio e as lágrimas falem que elas fazem parte da minha vida.