UM PONTO FORA DA CURVA. O TRIÃNGULO. POLÍTICA.

Uma construção nova e prestigiada que indica o quê? Os modismos frasistas que chegam e ficam. Quem é o engenheiro dessa articulação? Evidentemente o costume, mas nascido dos meios jurídicos.

Não gosto da interpretação devida principalmente por ser a geometria correspondente às figuras definidas com suas representações. As artes indicam essa inclinação. A arquitetura é notável personagem dessa verdade artística.

Curva é círculo, o círculo é o infinito eterno, sem cisões, consequência permanente da união, linear e sequencial, forma pacificada da irmandade, una, plasmada na entrega sem ruptura, esse seu grande simbolismo, ausência de ruptura. É assim a aliança do compromisso conjugal. Precisaria ser assim na política partidária.

Não há ponto FORA da curva. Pretende-se dessa imprópria forma apontar, pelo novel jargão, a excepcionalidade. Não se indicam certezas de exceção fora da regra. Esta faz aquela. Se há desvio não há mais curva, círculo. O ponto em algum lugar nunca esteve na curva, então dela não pode sair. Diga-se, há um desvio ocorrente ou que houve cisão em seguimento curvilíneo que se desviou, matando a curva, ou linearidade que desobedeceu a reta fugindo por um desvio da retidão do seguimento.

A política como ciência tem essas marcas e esses rumos geométricos.

Quando se insiste em um erro de comando econômico repete-se um desvio já corroborado, vivido, desagregador, como não crescer uma economia assentada no crédito e pelo consumo, que configuram elementos menores, mas acessórios e necessários que têm como causa o investimento originário, elemento maior e principal, gerando emprego e produção, obtendo circulação de meios que fazem o consumo através do crédito.

Não se começa pelo fim. O empirismo deve ser escola.

Agradar para amealhar votos, violando princípios básicos econômicos, é iniciar uma caminhada conhecendo o que ninguém conhece, a data precoce da morte. Ela está acontecendo. É muita vontade de morrer impulsionado pelos fins (in)justificando os meios, revelados historicamente. O velho Príncipe de Maquiavel, que não deu certo em Florença e para nenhuma vontade persecutória, é realidade incontestável.É histórico.

Uma casa é obtida por quem a comprou ou construiu, conseguido crédito, mas empresas fabricaram seus componentes. Os insumos chegam do investimento em fábricas produtoras. Ninguém fabrica dinheiro sem lastro, só a inflação.

Fala-se muito do elogio a outros países, censura-se, mas destaque-se, incomoda não termos investimentos impositivos e vitais para toda a economia com circulação de riquezas, veja-se a malha ferroviária, ridículo esse Brasil tão mal administrado desde a vontade de Barão de Mauá que tinha visão necessária. Incomoda você viajar quinhentos quilômetros na Europa em duas horas e por aqui penar nas estradas se não for de avião, que diga-se, pena-se também em aeroportos.

Precisamos do vértice do triângulo, que projeta uma base preparada, educada, que o escolheu, abrangente, trazendo irradiação da sabedoria. Platão classificava o triângulo-retângulo como a representação da terra, fruto da lógica, seus três elementos. O simbolismo do triângulo é tão importante para o homem que chega-se a afirmar a inacessibilidade dele por pessoas que não reúnem um certo grau evolutivo, e o objetivo de uma eventual iniciação evolutiva é conduzir a pessoa a alcançar sua essência, sendo da obrigação do homem inteligente caminhar nessa direção sem ultrapassar o que está posto.

Em vários sistemas filosóficos é agrupado em tríades com grande sentido moral : Pensar Bem, Dizer Bem, Fazer Bem; Sabedoria, Força, Beleza; Nascimento, Maturidade, Morte; Cabeça, Tronco, Membros. Milhares de trilogias podem ser citadas.

Precisamos dessas trilogias no Brasil. Quem sabe um dia alcançaremos:ética,seriedade, sinceridade; impessoalidade, transparência, competência. Como quer o artigo 37 da Constituição Federal.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 31/01/2016
Reeditado em 31/01/2016
Código do texto: T5529119
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