Casario

Casario

Rua de minha infância...

Tempo em que a simplicidade falava mais alto...

... O sol não “queimava”, aquecia...

... Na noite o frescor, não o temor...

Casario...

Imagem que o tempo não apaga da mente...

Flores enfeitando os portais, assim, sem lugar certo, mas de beleza impar...

Casario...

Ruas pequenas, estreitas, mas aconchegantes...

Janelas e portas na calçada, onde gente simples e cordial jogava “conversa fora”, enquanto passavam-se os instantes...

Cheiro de pão caseiro, comida de fogão á lenha...

Ah! Essa recordação me trás água na boca e lágrimas aos olhos...

Saudade que chega a doer...

Hoje... Casas lindas, mansões, conforto, jardins planejados, avenidas... Refeições industrializadas... Carrões... Gente correndo... Não sei o porquê e nem pra onde...

Ah! Eu sinto muito... Essa gente perdeu a poesia da vida simples...

Onde a amizade era mais presente e a humildade “falava” com a gente...

Casario...

Recordações... Tempos passados, agora já distantes, lembranças presentes e constantes, de quem um dia viveu essa poesia...

Casario... Tempo de uma vida relembrada e “sentida”, através da tela, “imagem poesia” de uma pintora com alma de poeta.

Casario... Símbolo de um tempo, que o próprio tempo, não tem mais tempo de recordar!

Anail
Enviado por Anail em 06/07/2007
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