NOVELA, NEM A DA MINHA VIDA!
Ysolda Cabral
Resolvi esquecer, ou deixar pra lá, a novela da minha vida para me ater no acompanhamento da nova novela das dezoito, da Rede Globo, que prometia muita leveza e humor. Bem, considerando que o personagem principal havia sido inspirado no personagem Jeca Tatu, do saudoso Mazzaropi, acreditei!
Toda contente da vida, comecei a acompanhar a nova trama tendo, inclusive, recomendando para algumas garotas, filhas de amigas minhas. - A bem da verdade, a intenção era fazê-las largar o celular nem que fosse por uma horinha todo dia.
Com o tempo meio corrido, assisti os primeiros capítulos e depois não deu para continuar.
Ontem encontrei uma das mães que, para minha surpresa, foi logo perguntando se eu havia endoidado de vez quando recomendei a tal novela para a sua filha de 10 anos. E, sem me dar chance de responder, foi embora faiscando raiva.
Voltei a assistir à bendita novela e compreendi que de leve ela não tem nada e o humor passa por muito longe de uma boa risada. A maldade impera na maioria dos personagens e os poucos de boa índole, são idiotizados por um script que insulta a nossa inteligência. É adultério, é prostituição, é vigarismo de tudo quanto é jeito! Tem até um professor de filosofia, vigaristão, que se passa por pedinte na porta de uma igreja, somente para o Marcos Nanini matar a saudade de Irma Vap.
– É demais para mim! Compreendi a raiva da minha amiga e lhe telefonei para pedir desculpas, porém ela não atendeu e nem retornou a ligação.
- Culpo a decadência da teledramaturgia brasileira.
Mas, continuando a evasão da minha exasperação, talvez pelo ganho de mais um desafeto, considerei, tembém, que a novela das dezenove é a cretinice personificada. Depois do Jornal, das mesmas notícias de todo dia, vem a das vinte, que não começa antes das vinte e uma, e que nada nos traz de proveitoso e aí culmina com o BBB - Ah, o BBB!... Esse não consigo nem comentar.
Nos canais de TV a cabo, o repeteco de filmes e programas é uma constante, nos levando a indignação e a vontade de cancelar o plano. - A gente até tenta, mas é outra coisa difícil, pois os atendentes nos fazem de palhaços, abusam de nossa paciência e a gente termina vencido para não morrer do coração.
- O que nos resta para desopilar a cabeça depois de um longo dia de trabalho? Ah, e não me venha dizer para ler, escrever e não sei mais lá o quê, ou para ir shoppingcentear!...
Neste ponto paro e pondero a sabedoria da garotada e me vejo ansiosa a procura do meu celular.
Ache i-o-o!... O wi-fi não funciona! Eu mereço.
Numa sexta-feira que promete, estou à mercê da Internet móvel... Melhor ir dormir um pouquinho! Meu mal é sono.
Toda contente da vida, comecei a acompanhar a nova trama tendo, inclusive, recomendando para algumas garotas, filhas de amigas minhas. - A bem da verdade, a intenção era fazê-las largar o celular nem que fosse por uma horinha todo dia.
Com o tempo meio corrido, assisti os primeiros capítulos e depois não deu para continuar.
Ontem encontrei uma das mães que, para minha surpresa, foi logo perguntando se eu havia endoidado de vez quando recomendei a tal novela para a sua filha de 10 anos. E, sem me dar chance de responder, foi embora faiscando raiva.
Voltei a assistir à bendita novela e compreendi que de leve ela não tem nada e o humor passa por muito longe de uma boa risada. A maldade impera na maioria dos personagens e os poucos de boa índole, são idiotizados por um script que insulta a nossa inteligência. É adultério, é prostituição, é vigarismo de tudo quanto é jeito! Tem até um professor de filosofia, vigaristão, que se passa por pedinte na porta de uma igreja, somente para o Marcos Nanini matar a saudade de Irma Vap.
– É demais para mim! Compreendi a raiva da minha amiga e lhe telefonei para pedir desculpas, porém ela não atendeu e nem retornou a ligação.
- Culpo a decadência da teledramaturgia brasileira.
Mas, continuando a evasão da minha exasperação, talvez pelo ganho de mais um desafeto, considerei, tembém, que a novela das dezenove é a cretinice personificada. Depois do Jornal, das mesmas notícias de todo dia, vem a das vinte, que não começa antes das vinte e uma, e que nada nos traz de proveitoso e aí culmina com o BBB - Ah, o BBB!... Esse não consigo nem comentar.
Nos canais de TV a cabo, o repeteco de filmes e programas é uma constante, nos levando a indignação e a vontade de cancelar o plano. - A gente até tenta, mas é outra coisa difícil, pois os atendentes nos fazem de palhaços, abusam de nossa paciência e a gente termina vencido para não morrer do coração.
- O que nos resta para desopilar a cabeça depois de um longo dia de trabalho? Ah, e não me venha dizer para ler, escrever e não sei mais lá o quê, ou para ir shoppingcentear!...
Neste ponto paro e pondero a sabedoria da garotada e me vejo ansiosa a procura do meu celular.
Ache i-o-o!... O wi-fi não funciona! Eu mereço.
Numa sexta-feira que promete, estou à mercê da Internet móvel... Melhor ir dormir um pouquinho! Meu mal é sono.
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Praia de Candeias-PE
Em sesta de sexta ao Entardecer
12.02.2016
Apenas Ysolda
Em sesta de sexta ao Entardecer
12.02.2016
Apenas Ysolda