Simpática, bonita, 1.65 de altura, cabelos negros , corpo escultural e, como se não bastasse, eficiente.
Tratava a todos com a maior delicadeza, sempre com um sorriso de dentes muito brancos e perfeitos. Uma verdadeira escultura da natureza.
Seu chefe, Dr. Felipe, não tinha do que reclamar.
Pela manhã, quando chegava ao escritório, já a encontrava e, em cinco minutos ela lhe trazia um cafezinho que sabia ele apreciava.
Ao meio dia saía para almoçar e sempre lhe dizia: Dr. Felipe, não se esqueça de que fazer uma refeição saudável é importante para a saúde, portanto não fique só trabalhando sem se lembrar de se alimentar.
Na hora da saída ela desejava-lhe uma boa noite, com bons sonhos.
O que ela não sabia era os sonhos eróticos que ele tinha com ela.
Ao chegar a sua casa o pobre Dr. Felipe encontrava dona Cândida, que de cândida não tinha nada, com seus cabelos desgrenhados, pele oleosa, uns 30 quilos acima do peso e um mau-humor de fazer inveja ao diabo.
Servia-lhe o jantar sem sabor, num prato feito, e quando ele lhe perguntava se não ia sentar-se com ele, lhe respondia que não estava com fome. Claro! Já havia comido todas as besteiras de que gostava e garantido mais um quilinho.
Na hora de dormir ela vestia uma camisa do Vasco, desbotada e cheirando a suor. Em pouco tempo estava dormindo e roncando, enquanto ele vislumbrava, em seus sonhos, a doce secretária.
Por que ele não se separa, eu me pergunto. Mas ele tem lá as suas razões. Dona Cândida é riquíssima, com a herança que o pai lhe deixou. Ele, um pobre homem feio, baixinho, com uma perna mais curta do que a outra, embora inteligente, sensível e bem educado.
É isso, amigos, Deus dá uma coisa pra cada um. Mas bem que ele poderia ter dado uma secretária menos exuberante para que o pobre homem não sofresse tanto, vocês não acham?
edina bravo
Enviado por edina bravo em 15/02/2016
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