Rir é muito saudável.
 
Conferindo os cidadãos bem zangados e tristes, como criticar o hábito de dar ótimas risadas, revelando enorme descontração?
É preciso recordar, porém, que o melhor remédio, se abusamos da dose, trará um grande prejuízo.
 
Num certo ônibus retornando ao meu doce lar escuto uma voz feminina gargalhando, despertando a atenção da galera, repetindo a incômoda risada sempre que seu interlocutor, um rapaz, diz algo engraçado.
Irrita a gargalhada ruidosa e inconveniente.
 
Quase fui ao fundo do ônibus indagar o que atrapalha o rapaz de tentar uma carreira humorística auspiciosa.
Contando as gargalhadas renovadas, aumenta a curiosidade quanto ao conteúdo. O que seria tão engraçado assim, o tempo todo, durante uma viagem de ônibus?
Claro que não é nada disso!
As piadas não devem superar o Faustão.
A jovem risonha pode estar sinalizando precisar de ajuda, uma terapia, um auxílio psicológico ou apenas aprender a ser menos deseducada.
 
Ilmar, por que não afastar o comediante? Eliminando quem conta as piadas, as gargalhadas sumiriam.
Penso que essa solução é bastante perigosa.
Silenciando as gargalhadas, a paz impregnará o ambiente, envolverá as pessoas, a serenidade invadirá o veículo propondo, entre outras coisas, uma reflexão sadia.
 
Assustando a moça feliz, de repente ela poderia começar a chorar.
Gargalhadas a gente arrisca suportar, contudo lágrimas enlouquecidas, caindo sem controle, suscitariam uma tortura perversa demais.
 
Um abraço!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 22/02/2016
Reeditado em 22/02/2016
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