Esse tal de "amor próprio"

Veja só, existe uma confusão gigantesca neste tal de “amor próprio”. Pra quê serve o amor? Amor é como água na fonte, posso dizer, se não jorrar, não é fonte de verdade... Desde quando uma fonte serve pra matar a sede de si mesma?

Sociedade capitalista, consumista, falsamente moralista e cada vez mais egoísta essa nossa... Uma vergonha!

- Eu tenho um Iphone.

- Que maravilha!

- Me liga aí do seu celular do ano de 2006... Se não chamar é que você está com um modelo muito antigo, não tenho culpa se não conseguir ouvir sua voz do outro lado da linha... Eu tenho um Iphone.

Existe uma grande confusão neste tal de “amor próprio”. Lá no fim das contas, veja bem, “amor próprio” desse jeito, exclui os outros.

– Dane-se o mundo, os outros, só preciso de mim mesmo pra ser feliz, não precisa me ligar não, sou feliz! Eu tenho um Iphone.

Andam confundindo o amor próprio... Não é ele o maior dos amores, ele é só fundamental... De que adianta me amar e não amar aos outros? De que adianta não ter ninguém que converse comigo de madrugada, de Iphone pra Iphone...?

- “Amarás o teu próximo como a TI MESMO”. E agora? Eu preciso me amar meu camarada! Não viaja não...!

Ora, primeiro você precisa amar aos outros, depois é hora de entender se está o amando como ama a si mesmo, se não estiver se amando, retorne ao problema, mas não exclua a ligação... Depois que se amar, ame aos outros, não é mero papo, é mandamento! Pelo menos pra mim... Depois de um tempo a gente vai percebendo que não existe amor próprio sem amor ao próximo, e que amar o próximo é a melhor forma da gente se amar. Não é que seja fácil, nunca vai ser... É tão difícil quanto se amar naqueles momentos em que se faz uma burrada! (“Que raiva, eu me odeio!’)

(...)

E se for pra voltar na fonte, impossível não citar a maior delas, aquela fonte de vida: Jesus Cristo!... Se ele tivesse se amado primeiro antes de amar ao próximo, o que de fato teria acontecido? Onde estaria hoje a sua cruz? Existe uma grande confusão neste tal de “amor próprio”. Alguns não conseguem enxergá-la; eu mesmo insisto às vezes em teimar, mesmo já sabendo a resposta: Mais vale a cruz que o Iphone. A cruz é eterna, o Iphone só dura até a próxima edição...