A REGRA DO JOGO OU REGRA DA GLOBO? MENSAGEM “OCULTA” NAS ENTRELINHAS DO ENREDO DE EMANUEL CARNEIRO

Quem determina as regras do jogo na atual conjuntura do país? Para alguns parece ser partidos políticos, enquanto outros apostam nas empresas privadas, no capital e na alienação. Sabemos ter as empresas de telecomunicações poder para derrubar ou eleger governos. A atual novela global do horário nobre: A REGRA DO JOGO surgiu em fins ou meados de 2015 como “meio de entretenimento para o povo brasileiro”. Poderíamos concordar com esta premissa, se por traz dos bastidores não houvesse o intuito das organizações GLOBO, juntamente com outros veículos midiáticos, mercado financeiro e partidos políticos de desestabilizar o atual governo federal, eleito democraticamente nas eleições de 2014. Sabemos ser prioridade da elite brasileira descaracterizar o projeto politico do governo do PT, em face de interesses corporativos e ideológicos, desejos egoístas e antidemocráticos. Entretanto, para muitos o PT não possui um projeto politico para o BRASIL, talvez estas pessoas pensassem o contrário, se somente elas comessem fatias gigantescas do bolo, contudo a partir do momento em que a premissa da partilha começou a ser delineada nos recantos da terra de santa cruz, o PT deixa de ser bem quisto por uma ala conservadora e opressora, este pormenor teve inicio nos primórdios das primeiras horas do Lulismo até o presente momento. Com efeito, a batalha eleitoral supracitada não acabou para os blocos da direita em outubro de 2014, mas continua de maneira torpe e vil impossibilitando o crescimento do país, não obstante, presencia-se um desejo de morte e ódio no seio da sociedade brasileira. Todavia, a rede Globo de televisão, amiga dos poderosos desde sua fundação, perpassando por governos ditatoriais como os da era de chumbo 1964 a 1985, até as últimas horas da presença tucana no governo federal em 2002, sempre se opôs ao progresso das classes subdesenvolvidas, em outras palavras: os pobres. Suas novelas tratam de reduzir ao senso comum temas de singular importância para o país. A atual novela do horário nobre, em fase de extinção, contribuiu de forma salutar para a massa ser domesticada e doutrinada contra o governo Dilma e o PT. Tentaremos por curto espaço de tempo descrever a ação anti-governista promovida pelas organizações globo no enredo da novela de João Emanuel Carneiro. Não obstante, poucos são aqueles cuja leitura novelesca atinge um grau de criticidade e questionamento, pois bem, a novela de Emanuel Carneiro faz referencia a uma suposta facção, em primeira instância a referida facção poderia ser interpretada como algo nebuloso, apenas uma forma do autor trazer a tona um assunto delicado, contudo, para muitos telespectadores a mencionada organização não passaria de pano de fundo para esquecer os problemas cotidianos, enquanto uma ínfima minoria teria realizado a leitura comumente exposta por nós. Em suma, diante da crise politica e ideológica por qual passa o Brasil, a facção de Emanuel Carneiro parece fazer uma alusão a pessoas, políticos e o partido em curso no momento, talvez o desejo do autor fosse expor para sociedade a corrupção do partido eleito nas eleições de 2014, dito de outro modo, a facção tudo indica ser uma descrição do partido dos trabalhadores, porém políticos envoltos em corrupção não é exclusividade do PT, mas do PSDB, DEM, PP entre outros. Todavia, o autor da novela procura e temos de confessar com maestria um personagem chave para definir os rumos da organização, a este personagem central Carneiro deu um nome mui interessante: O PAI. Entretanto, sabemos por se tratar de Globo, de burguesia e de poder ser O PAI, aquela pessoa acima de qualquer suspeita, ou seja, talvez um politico de renome internacional, bem como de notoriedade sindical, mas tudo isso talvez não passe de mera coincidência. Fato é: ser O PAI mentor de tudo, contudo até o presente momento a justiça não possui prova crime contra “o pai da facção na vida real” como desejam os coxinhas e os fanáticos por A REGRA DO JOGO, ou seria a REGRA DA GLOBO e do mercado financeiro? Até o momento você pode observar a estratégia elitista e fascista empregada pela família MARINHO para derrubar o governo Dilma e com ele aprisionar o pai e idealizador do partido dos trabalhadores nos porões do cárcere. Outro dado interessante em relação ao PAI é ser ele dono de uma empresa farmacêutica, pensamos ser este pormenor imprescindível, se nosso intento é ligar os pontos do tabuleiro, isto é, a empresa de Gibson personagem vivido por Jose de Abreu e a organização criminosa. Neste sentido de acordo com a direita fascista o metalúrgico do ABC teria e seria dono de imóveis não declarados ou adquiridos com dinheiro ilícito, em suma, motivo capital para sua inelegibilidade politica e livre acesso para os partidos neoliberais tomar o poder. Todavia, como escrito acima, até o momento nada foi comprovado contra o metalúrgico presidente. Ademais, a trama de a regra do jogo trouxe como defensor das minorias que a mim soa como maioria, pois a minoria é sempre abastada enquanto a maioria quase sempre desnutrida e fraca, um personagem que se revela como super herói: Alexandre Nero interpreta Romero Rômulo um ativista dos direitos humanos e vereador, o personagem vive uma dualidade, para o povo se revela pobre, mas na surdina da noite, usufrui de uma cobertura em local privilegiado na cidade em que mora, não por acaso nos últimos meses a equipe de produção da referida novela abre A LENTE DA CAMERA DE GRAVAÇÃO para melhor fixar nas retinas e cérebros dos telespectadores a cobertura, ou poderia ser o TRIPLEX de luxo? Qual o intuito de se destacar a cobertura de Romero Rômulo? Seria apenas recurso estético ou manobra politica? Será uma forma de induzir as pessoas a recordarem das noticias jornalísticas sobre um suposto TIPLEX de luxo atribuída a família de Lula? Por fim, Romero parece trazer em si o DNA da ética, mas também o DNA da corrupção seria o personagem de Alexandre Nero, uma encarnação dos representantes de ESQUERDA ou da DIREITA? Contudo, a de ser entendido ter a esquerda nomes ilustres e de boa índole, como aquele, que em ação da policia federal tem sido o cerceamento de liberdade e depreciação de sua pessoa. Entretanto, o desserviço prestado pela Globo no tocante aos direitos humanos, bem como as causas defendidas por seus representantes nas diversas esferas da coisa pública, talvez demore para ser apagada do inconsciente coletivo. Com efeito, a leitura de um enredo como o proposto por Emanuel Carneiro, requer tempo e outros textos se o desejo é analisar as nuances das mensagens subliminares nas entrelinhas da novela, isto não será possível por agora, contudo, nosso intento era expor estes personagens por entendermos serem de extrema importância no cenário politico brasileiro. Talvez o leitor possa estar se perguntando: se a novela tem como objetivo atingir o governo qual das personagens seria DILMA ROUSSEFF? Em nossa análise poderia ser a personagem de Giovana Antoneli: a Atena, bem como Adisabeba vivida por Suzana Vieira, ambas possuem vidas sombrias, como afirmam determinadas pessoas ligadas à Direita sobre Dilma Rousseff. Diferente de Atena e Adisabeba a presidente do Brasil deu provas de ser uma mulher ilibada e integra. Movido pela onda conservadora Carneiro talvez tenha proposto uma personagem como Adisabeba que na trama declara-se prostituta aposentada e Atena uma estelionatária com forma de depreciar ainda mais a imagem de uma líder politica de grosso calibre. Em suma, A REGRA DO JOGO é uma novela que nos permite analisar as peripécias de um país doente e febril, um país onde pessoas declaram ser patriotas, mas esquecem ser o direito a cidadania e a liberdade a porta de entrada para uma sociedade desenvolver-se plenamente. O desenvolvimento de um povo passa pelo crivo do bom senso, da ética e da justiça. A consciência humana não deveria sujeitar-se a uma cena como a veiculada no capitulo de sábado, quando Juliano personagem de Cauã Reymond sustenta nas mãos um livro de MARX: O MANIFESTO DO PARTIDO COMUNISTA, com o intuito segundo o autor de induzir o telespectador quanto a uma possível dominação comunista, isto a nosso ver é uma forma de alienação, posto ser este pressuposto algo quase improvável uma vez sermos reféns do capitalismo. Em suma, a regra do jogo ficará na história como enredo de arte alienante, porém muito mais como ciência politica de um período conturbado e tenso, onde extremos ao invés de dialogar se preparam para duelar de acordo com sua miopia rumo talvez a uma guerra ideológica nos campos de concentrações urbanos.