BLACK BLOCS: MOCINHOS OU BANDIDOS?

Black Blocs segundo a enciclopédia digital Wikipédia significa: Black bloc (do inglês black, preto; bloc, agrupamento de pessoas para uma ação conjunta ou propósito comum, diferentemente de block: bloco sólido de matéria inerte) é o nome dado a uma tática de ação direta, de corte anarquista, empreendida por grupos de afinidade que se reúnem, mascarados e vestidos de preto, para protestar em manifestações de rua, utilizando-se da propaganda pela ação para desafiar o establishment e as forças da ordem. Black bloc é basicamente uma estrutura efêmera, informal, não hierárquica e descentralizada. Unidos, seus integrantes pretendem adquirir força suficiente para confrontar as forças da ordem. Posto a definição supracitada pretendemos discorrer acerca do tema com o intuito de analisar quem seriam essas pessoas. Talvez aqueles encapuçados sejam “defensores” de ideias ou ideais subversivos, pessoas cujo âmago esteja imerso em desconforto por conta da desigualdade social, porém, o contrário nos parece ser também possível. Em tempos de caos, de instabilidade politica e corrupção o Black Blocs surge como uma alternativa de resistência ao poder dominante, todavia aquilo que nos inquieta é o oculto, pois a priori as pessoas encapuçadas podem não ser e nem ter sentimentos nobres, embora a “nobreza” talvez esteja no sangue destas pessoas. Seria os Black Blocs parte da elite corrupta paulistana, bem como de outros estados do Brasil a plantar o ódio e o medo em meio a manifestações pacificas e legitima contra os abusos do Estado? Teriam estes grupos o aval da mídia televisiva e escrita? Admitimos serem os jovens baderneiros uma categoria de pessoas politizadas capaz de inferir os danos oriundo de tais manifestações, todavia, nos parece ser também essas pessoas capazes de alienar aqueles com menor poder de argumentação, dito de outro modo, de realizar uma leitura critica do mundo e dos problemas sociais. Muitos jovens compram a ideia imposta pelo poder dominante, isto é, pelos condutores e lideres destes grupos elitistas e manipuladores. Entendemos ser um tanto tendencioso nossa critica a respeito dos jovens “baderneiros”, contudo, o termo a pouco mencionado não é de nossa propriedade, mas de telejornais como o conduzido por Wiliam Bonner. Pensamos ser legítima toda forma de expressão, a liberdade é em nosso entendimento a porta de entrada para a conquista de novos horizontes no bojo da sociedade, porém, acredita-se ser nefasto a manipulação de setores da sociedade neoliberal, visto ser tal seguimento composto por pessoas fascistas, conservadoras e antidemocráticas. Escrever um texto é sem dúvida uma odisseia, mas seria interessante, se nosso escrito trouxesse mensagem de paz e não de conflito, contudo a presença de grupos como os Black Blocs, além da incógnita proposta por seus membros nos infere a seguinte questão: Por que um jovem trabalhador e assalariado optaria por quebrar e destruir patrimônio público, se os mesmos jovens, bem como seus familiares teriam de arcar com as custas da destruição através de impostos? Qual a lógica em se destruir bancos e produtos de utilidade pública, sendo estes uma forma das pessoas simples e trabalhadoras de eles fazerem uso? Por que a destruição ocupa um lugar central nas manifestações dos Blac Blocs? Seriam eles mocinhos ou bandidos? Seriam pessoas ligadas aos assalariados e muitas vezes ignorantes ou jovens elitizados, politizados e detentores do capital? Estariam a serviço de partidos da Direita ou da Esquerda? Dos banqueiros e latifundiários? Em suma, se essas pessoas representam o capital opressor e assassino, seria a sociedade refém de um modelo podre, perverso e alienante, entretanto, se a voz presente nas manifestações que ocorrem em períodos pontuais da história da humanidade estiver imbuída de ética e bom senso pode ser o começo de uma mudança significativa para o Brasil, todavia, ainda estamos propensos a pensar ser esta facção um braço perverso do um por cento que detém a riqueza do país.

BetoFilo
Enviado por BetoFilo em 04/03/2016
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