Delicias do dia-a-dia

Descendo a escadaria feito chama, gente, enxame no Brás, há cobiça no olhar.

Desejo e um que de desespero.

São Paulo, milhares de nomes.

Onde quer que eu me encontre com essa dama deselegante, a poeira cinzenta me consome a vista.

Na urgência em chegar em casa, aspirantes, tornam-se monstros.

Ele sempre de olho nela. Espreita silenciosamente a deixa. E, ao que estava acostumada a dar - importância, ela deixou pra lá, os porquês.

Quarenta e dois anos, a carne pulsa numa sangria da sufocada calça que a aperta e a cada passo, instiga e dá ideia.

Viver a arrogância de um verbete sacana, ela diz que quer. Do malandro olhar ... Hey! Alguém me chama (...) Próxima estação... Itaim Paulista.

Sandra Frietha
Enviado por Sandra Frietha em 22/03/2016
Reeditado em 13/03/2017
Código do texto: T5581977
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