EU QUERO O GOLPE!

EU QUERO O GOLPE!

O pior dos golpes, aquele que mais fere, que humilha, aquele desferido de mãos abertas e que atinge a face e a tatua de vermelho com a força de toda a indignação que é precedida pela ausência do respeito do qual o agredido já não faz mais jus, é esse golpe que gostaria de dar nesse governo, que não merece a honra do gladio e da contenda de mãos cerradas e da dignidade de ser esmurrado como um adversário valoroso no ringue das urnas. Quero mesmo esbofetear, quero a eles o tapa na cara que demonstra o desprezo que merecem, quero o golpe sim, aquele que não mata, mas que marca na face do inimigo a vergonha que carregará pelos fatos, por seus atos e por serem infectos ratos que corroeram as bases de um país combalido, que infestaram todos os escaninhos públicos, que canalizaram em dutos e petrodutos todo o sistema, para que a eles e aos seus, jorrasse feito petróleo toda a riqueza da qual pudessem se apropriar. Sim, quero o golpe, o de vingança, por terem eles usurpado a dignidade de um povo crédulo, modesto e que deposita na esperança muito mais do que nas próprias condições toda a razão de em frente continuar. Fomos golpeados primeiro, nas manobras que se sucederam, no apadrinhamento e aparelhamento da máquina que azeitada propiciaria a perpetuação de um plano de poder, nefasto poder. Golpearam um povo caído e enfermo, golpearam de todas as formas possíveis e agora merecem o revide, merecem o golpe, o golpe da repulsa, da repugnância e da sedição legisladora, e que virá dos meandros legais que tanto os protegem, sendo assim, a eles, o golpe apropriado e derradeiro.