Politicalha

Não importa se você é vermelho ou verde e amarelo.

Não importa se você é de esquerda ou direita. Se é coxinha ou mortadela.

Não importa se você é de classe E,C,D,B ou A. Se é do norte ou do sul.

Não importa o fato de ser presidencialista ou parlamentarista.

Se é empregado ou patrão. Se é político ou apolítico. Só não deve ser apocalíptico.

Não importa sua bandeira ou religião. Nem sua orientação sexual.

O que está em jogo é a honestidade. O compromisso ético em seus aspectos profissional, pessoal, familiar e social.

Pense bem. Olhe ao seu redor. A maioria das pessoas com quem você se relaciona ainda é honesta e sobrevive do suor do trabalho diário. Não somos estupradores, ladrões, estelionatários ou marginais.

Pagamos impostos, empregamos ou somos empregados, respeitamos as leis e os sinais de trânsito.

Não importa ser rico ou pobre. O que realmente importa é usufruir da atividade laboral digna e ao mesmo tempo ter oportunidade de melhorar de vida e ascender na cadeia social pela educação e pelo mérito individual.

Não há problema em se ganhar dinheiro honesto, desde que tenhamos um papel multiplicador do bem-estar social. Se geramos emprego e renda contribuímos para a paz social e merecemos algum tipo de retorno.

Não existe emprego sem patrão. Nem empresa sem trabalhador. Não existe renda lícita sem trabalho. Não existe mágica nem atalho. Se queremos progredir, devemos entender este paradigma.

Por isso desprezo nossa classe política vigente, com seus conchavos e maracutaias feitos à revelia dos pobres eleitores. A política deixou de ser um mecanismo de melhoria social para se tornar um meio-de-vida espúrio, ignóbil.

Político não deveria ter como profissão a política, e sim fazer uso dela para a melhoria das condições de vida da população, cada um dentro de sua área de atuação original. Assim, se evitariam muitas ações de corrupção explícita, como as que temos visto e revisto.

Peço perdão pelo teor das palavras, mas a moderna prostituição se transferiu para a atividade política. A questão é que o político corrupto não vende o próprio corpo, nem sofre o prejuízo e os riscos desse ato como muita gente que optou por essa atividade por absoluta falta de opção ou proteção social.

O político corrupto vende a alma, a saúde, a educação, o trabalho e a segurança do eleitor enganado por ele. E se presta a vis interesses de grupelhos, em detrimento da maioria.

Não merecemos este comportamento.

Mas temos o poder de mudar pelo voto. Podemos banir estes miseráveis. E o poder público deveria tornar criminosas estas agremiações políticas, independentemente da sigla ou da orientação ideológica, que acobertam essas práticas.

Não tenha ideologia. Acredite no trabalho e na honestidade.

Em nome da direita ou esquerda, muita atrocidade já foi cometida. Muita gente já sofreu por demais.

Defendamos a boa política.