Escutava um dos golpistas que articulou a saída de Dilma.
 
A conversa ocorria numa famosa rádio soteropolitana.
O deputado afirmou que chegou o momento de somar esforços, pois só assim o país superaria a atual crise.
Encerrada a breve entrevista, um ouvinte indagou o motivo da rádio não questionar os próximos capítulos relacionados a Eduardo Cunha.
 
O fato parece tranquilo, não sugere especular à primeira vista, contudo uma melhor análise possibilita compreender a melodia escolhida pelos golpistas nos atos seguintes.
 
Eles tiraram a pessoa a qual o voto da maioria colocou lá, agora dizem e repetem que querem a colaboração de todos.
Pedem que o governo estique as mãos para ajudar.
Seria como se Ricardo desejasse contar com a amizade do corno, pois somente a parceria facilitaria auxiliar a adúltera a criar os três filhos.
Existindo chifre ou não, a crise recomenda o trabalho coletivo.
 
O segundo ponto é mais grave, porém vocês, muitos que comemoram a saída de Dilma, ainda não perceberam a verdade.
Sobre a reclamação do ouvinte, o entrevistador não esqueceu de indagar como ficaria Eduardo Cunha, ele não quis perguntar.
Eles (golpistas e imprensa) não pretendem punir Cunha.
A cabeça que interessava rolar era a de Rousseff. Surgirão mil acordos, esquecerão os culpados, tudo vai silenciar e almejar ventos brandos.
Por quê? O próprio Temer foi citado na Lava Jato, o malandro também cometeu as pedaladas fiscais, o pretexto que usaram aplicando o golpe, enfim, eles não criariam um circo tão grande caso imaginassem depois punir colegas e comparsas.
 
* Segundo os mexericos Lula lamentou a traição de Tiririca que teria o visitado pouco antes da votação.
Claro que Lula não foi traído, nunca os palhaços enganam, eles apenas seguem os apelos da massa, mergulham nas ondas, são irresponsáveis (no bom sentido) por natureza.
Jamais poderemos condenar os palhaços, mas seria bastante oportuno meditar sobre quem os coloca lá.
Uma viagem reflexiva suscitará a conclusão de que nós somos os maus e únicos palhaços desse triste picadeiro.
 
Bobos, bobocas, enganados, às vezes exaltados, alienados, revoltados porque permanecem baixos os salários, sempre fazendo rir os políticos, hilários, o antiquário Apolinário, um dedicado estagiário, os inteligentes universitários, decentes bancários, nós, excelentes otários.
 
Um abraço!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 19/04/2016
Reeditado em 19/04/2016
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