Sobre amor ou falta dele

Amar é tão fácil, nossa Senhora, eu amo tanto a tanta gente que acabo por sofrer.

É, sou daquelas que sofrem por amor, não, deixa eu me corrigir, sofro por amar demais.

Amo minha família, e sofro demais por não ter a correspondência de tal amor. É, sei disso, e a sabença de tal fato não faz com que eu deixe de os amar, mas faz com que eu sofra por não ter sido capaz de fazê-los me amar.

E nos desvaneios da solidão me pergunto sempre o que me faz uma pessoa culta, e quase inteligente (querendo dar uma de modesta, kkkk), mas incapaz para minha própria família ter por mim sentimentos tão puros como o amor.

Posso talvez entender que a inteligência agregada a cultura não seja assim tão simpática a todos os olhos que a vêem, mas no meu coração gostaria de ter sido burra, analfabeta e amada.

Nada no mundo é melhor que ser amada, acredite, já senti isso em algumas pessoas por mim, e em algumas ocasiões até fui bem feliz.

As opções de vida que fiz me fizeram solitária e, por que não dizer? – MAL AMADA. É, quem não tem amor é mal amada.

E agora, contra tudo e todos, ou tentando reverter conceitos e preconceitos, me vejo assim, apenas mais uma sem amor, ou mal amada.

E digo isso com toda a sinceridade da alma e da gramática, pois sei que uma pessoa que fala sobre política mais de 50% de seu tempo, sem ter cargo político é realmente um ser mal amado.

Esse lance de se colocar em qualquer lado político é, em quase todos os casos, falta de alguma coisa melhor, e o melhor é o amor.

Falta grana, falta beleza, falta amizade, mas o amor, esse quando falta é fatal.

E não falo aqui de um amor de homem com mulher, falo de amor singelo, de amor de mãe pra filha, de amor de irmãos, de amor de tia com sobrinho, enfim, da plenitude do amor.

Faltou. Sofro.

Cinthya Fraga
Enviado por Cinthya Fraga em 22/04/2016
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