Prefácio

Prefácio * (Por Joacir Dal Sotto **)

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Um saber é notório quando nasce do coração de quem produz. É importante salientarmos que podemos aprender e ensinar de várias formas. Eu prefiro é dançar através da arte e sou um nobre artista, que ignora os valores instantâneos de uma verdade. Pela primeira vez faço um prefácio que antecede a obra.

Talvez seja difícil um filósofo de meia viagem transmitir reflexões para velhos acadêmicos. A vantagem que carrego no peito, é que não dependo dos inimigos para sorrir. O meu riso vem em cada passo, em cada lágrima, em cada loucura que já cometi e vou continuar cometendo. Tenho amigos que nunca serão meus inimigos, e bem sei que alguns mereciam ser assassinados, tudo pelo bem maior do coletivo.

A visão radical que exalo é por muitas vezes uma arma que machuca quem está ao meu lado. Não tive tempo para pedir perdão e em minha arrogância é difícil surgir um perdão. Acho que alguns homens nasceram para morrer cedo, outros para fazerem de sua história algo digno para ecoar na eternidade. Das dores que entraram em meu corpo, revejo que suportei todas com todo o uso de minhas vísceras.

Nesse livro vou utilizar de um método diferente do convencional, este que depende exclusivamente de meu talento. Estarei focado no seio da filosofia, no seio do pensamento moderno que ao meu ver precisa ser superado. A pressa sempre matou e as novas verdades sempre foram vistas com desprezo pelos conservadores. Eu não quero apenas questionar os valores existentes, eu quero é realmente impor um novo valor que não venha com os vícios da idolatria.

Como é comum na vida dos idiotas, será normal que saiam correndo das linhas em que vou exalar todo o meu espírito. Terei adeptos e quem ficar bajulando os meus livros, não é digno de receber um escultura minha. Aos pequenos de coração e espírito vou fornecer a faca do sacrifício, aos grandes e nobres será uma dança amorosa que irá proporcionar uma eterna ligação. É preciso que sintam além de si mesmos, que olhem para o espelho como se fossem póstumos.

Terei fragmentos para que o verdadeiro leitor de minha obra possa deitar sem preocupação. Não adianta terem pressa, a morte é que vem da pressa. É preciso que tenham paciência ao extremo, para receberem tudo o que tenho nas profundezas de minha alma. Quem ser incapaz de amar, que fique longe do abismo que estou abrindo na sociedade.

* Prefácio do livro "O alfaiate que nasceu irônico".

** Escritor Joacir Dal Sotto, autor do livro "Curvas da Verdade" e colunista da página "Cura Mental e Espiritual 'Mestre Divino'".

Joacir Dal Sotto
Enviado por Joacir Dal Sotto em 24/04/2016
Código do texto: T5614929
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