Solidão: O destino do poeta

Caminhei várias vezes solitário...

Nestes rumos, tentei achar o companheirismo que muitos procuram.

Olhar o mundo de um ponto de vista diferente...

Ter uma visão...

Desenhada com formas feitas com meus próprios pensamentos...

Olhar as coisas desta maneira...

Torna-se raro encontrar o companheirismo.

Talvez seja egoísmo de minha parte tentar colorir tudo que vejo...

Tentar encaixar tudo em meu mundo.

No entanto, ter uma amizade, hoje em dia, é difícil, ainda mais quando estamos dispostos a decifrar em linhas poéticas o mundo à nossa volta, e quando não estamos mais encaixados no padrão da maioria, aí sim somos fadados a ter a solidão como nossa companheira.

Uma frase dizia: “Antes só, do que mal acompanhado”. O complicado é estar sozinho e, ainda assim, se sentir mal acompanhado. No entanto, temos a magnitude de colorir a solidão, colorir o nosso canto.

Chega uma época em que temos uma inspiração quase que revolucionária de tentar colorir o mundo.

Até aí tudo bem...

As coisas começam a complicar quando tentamos colorir o mundo de outras pessoas.

Eu já tentei colorir o mundo de pessoas sozinhas e mal acompanhadas...

Foi complicado...

Acho que minha arte pode colorir mundos...

De tanto viver neste contexto abstrato, tornei-me um cidadão abstrato, um poeta...

Nesse mundo material, o abstrato é sempre solitário...

Só aparece pra colorir quando for necessário...

O poeta é necessário por momentos, para colorir mundos...

O mundo material é complicado...

A competição é forte!

Até gosto da competição esportiva...

A competição social é uma competição violenta, canibalesca!

Até pra socializar, existe a competição, o instinto animal do homem evoluiu pela sede de consumo material, a fome pelo consumismo e isso vem contaminando, também, os relacionamentos...

E a poesia vai ficando solitária, fazendo saltos quânticos na mente do poeta, buscando a revolução, a revolução do ser...

E o poeta anda sozinho...

Tenho receio de um dia me corromper, ser puxado para este mundo e perder toda minha capacidade de colorir, perder minha utopia.

Ah, se um dia isso chegar a acontecer...

Deixo aqui minhas últimas palavras artísticas...

Deixo, em palavras, as memorias do meu espírito...

E caminharei como um zumbi por este mundo globalizado.

Mas, mesmo me sentindo só, minha prece continua, pedindo que minha alma de poeta continue viva, que minha mente crie palavras coloridas e que essas cores desbravem mundos e encha toda a Terra de paz.

O poeta anima o espetáculo da vida!

Às vezes, depressivos, porém, a cada palavra existe um pensamento, uma metafísica fora da realidade.

Somos a contramão do materialismo, somos artistas de um mundo muito pouco acessado pela sociedade de hoje, por isso, que somos os piores inimigos dos autoritarismos.

O poeta enxerga cores, onde não deveria existir nada...

Querendo ou não, isso é revolução...

Entretanto, a maioria das vezes, andamos sozinhos com nossos pinceis de pensamentos, fazendo revolução...

Por: Jonas M. Carreira

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Jonas M Carreira
Enviado por Jonas M Carreira em 25/04/2016
Código do texto: T5616490
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