Um candidato diferente paca

Não sei se já contei. Não tomo notas dos causos que conto, eles são ditados pelas recordaçoes do momento. Depois esqueço por algum tempo, memória de véio éuma graça.

Hoje me lembrei da única aventura´política de um saudoso tio meu, acontecida na Pedra, cidade vizinha de Arcoverde, estado de Pernambuco, fato que ococreu nos anos 30.

Parêntese: vou contar esse fato porque estou de saco cheio com os políticos em geral, principalmente os do meuestado. os quais só querem saber de vantagens e de aparecer como santos. Todos perfeitos. Uns sepulcros caiados, incapazes de confessar uma só fraqueza, ter um gesto de humildade, fazer uma autocrítica.Fecho parêntese, e vamos ao causo do meu tio. Um causo verdadeiro. Juro.

Naquela época só havia dois partidos, o do governo e o da oposição. Os candidatos a vereador eram escolhidos, nomeados e esclados pelo chefe políticodos dois lados. O chefe do partido do governo escalou meu tio como candidato a vereador. Ele tinha aversão à política, se manteve assim até morrer. Ele pelejou pararetirar o seu nome,mas não conseguiu. o chefer fechou questão. Ele então procurou outra saída, uma saída radical.

Começou a visitar todas as casas da cidade e a pedir pelo amor de Deus para queas pessoas não votassem nele. Dizia:- Meu amigo não vote em mim, me faça esse favor, eu não presto, sou o cabra mais ruim do mundo.Não vote em mim, faça isso e terá um amigo para sempre.

Resultado: foi o candiodato mais votado nas eleições, o seu marketing negativo funcionou ao cotrário. Só que no dia da posse ele renunciou ao mandato.

Não quero que os políticos sejam radicais como meu tio era, mas poderiam ser mais humildes. Quando ele recontava esse fato falava sério e ainda tinha mágoas do chefe político. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 01/05/2016
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