MALANDRAGEM DO BEM? EXISTE ISSO?

Recentemente li algo sobre “MALANDRAGEM DO BEM”, e me pus á pensar sobre o assunto. Cabe existir?

MALANDRAGEM, didaticamente, pode ser entendida como “OFÍCIO DO MALANDRO”, já que é regular, recorrente e tem objetivo ainda que seja o de viver, apenas, viver feliz, mas num meio cultural sadio.

“MALANDRO”, pode ser entendido como uma palavra, fruto da união de 02 ( duas ) outras, que seria ” MAL” ( Ato contrário a produção de um bem útil ), e não deve ser confundido com “MAU”, que alude sobre algo ou alguém “ RUÍM”, OU “MALVADO”.

Continuando,.. ao radical, “MAL”, some-se o sufixo “ANDRO” ( do latim “Andros”, que significa, “HOMEM”. Assim sendo, por “MALANDRAGEM”, temos que, pode ser uma palavra entendida, como sinônimo de “ AÇÃO DO HOMEM, QUE NÃO PRODUZ UM BEM, MAS NÃO OFERECE RISCO SOCIAL, POR NÃO FAZER O MAU, COM “U”, OU SEJA, NÃO PREJUDICAR NINGUÉM, SEJA FÍSICA, MORAL OU ESPIRITUALMENTE.

Se aprovada a visão acima, que é literária, e especulativa, “MALANDRO”, teria sido um injustiçado social em um época, na medida em que não fazendo “mau”, não deixou de produzir algo, ainda que efêmero, mas cultural, já que foi multiplicado em seu fazer, como o DANÇAR SOLTO OU NA GAFIEIRA, CANTAR SAMBAS e JOGAR ( e aí poderia valer um campeonato, se aprovada a semelhança do jogo de Xadrez ), habilidades estas que hoje, revisadas as possibilidades citadinas e legais, podem abrir espaços para o ocorrência de EVENTOS CULTURAIS, que podem movimentar grande somas de dinheiro, ás ASSOCIAÇÕES DE BAIRRO e instituições públicas, ALÉM DE AJUDAR EM EVENTOS BENEFICENTES. Será um sonho? Penso que não.

Depois de pensar, com alguma reserva, pois existe o povo do contra que fica de plantão, deduzi, que “MALANDRAGEM DO BEM”, cabe existir sim, afinal na MPB ( vide Moreira da Silva ), contam inúmeras histórias, em meio as quais, com melhores memórias, o pai de um de nossos Governadores de Estado, exporia com propriedade de vivência, embora não tenho sido um “MALANDRO”, mas um homem de cultura.

Por fim e para concluir, penso que devesse, reeditar histórias, como a do Zé Pilintra, do bairro de Casa Amarela no Recife / PE e a do “Madame Satã” ( era um homem ), afim de que, em nossos dias, por mera condição humana e por suas humanidades falíveis, pelas vias da atual noção de MALANDRAGEM, OUTROS E OUTRAS, não caiam em derrocada, afinal o BRASIL PRECISA CRESCER E CONTA COM O APOIO DE TODOS e TODAS.

Sandive Santana / RJ

Sandive Santana
Enviado por Sandive Santana em 24/05/2016
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