O metrô estava cheio. O homem embarcou na estação Flamengo. Trazia uma bolsa grande e depositou-a no chão. Parecia um pouco pesada.
Duas estações depois ele desembarcou e deixou a bolsa. Ainda corri para alertá-lo do esquecimento, mas o trem partiu e ficamos com ela no meio do caminho. As especulações começaram. O que terá dentro da bolsa? Como o cara pode esquecer uma bolsa que parecia pesada. Será que não sentiu o alívio?
- Vamos abri-la, disse um.
- Nada disso, pode ter uma bomba aí dentro. Melhor nos livrarmos dela na próxima estação.
- Não, vamos chamar um guarda para levá-la. Com tantos atentados, ultimamente, a gente nunca sabe se é um desses terroristas.
- Mas aqui não tem disso – disse um senhor idoso.
- Não tem por enquanto, mas não sabemos se estão ensaiando para as olimpíadas, disse alguém.
Vire essa boca pra lá, disse a senhora, bem vestida e com uma maquiagem exagerada.
Pode ser a mulher dele, esquartejada – murmurou um senhor. Bem que eu gostaria de ter coragem pra fazer isso com a minha, mas os filhos não vão entender eu fazer um picadinho da mãe deles.
- Cruz credo, criatura, disse a piriguete, dando um suspiro e cruzando as pernas para que melhor lhe pudessem ver a calcinha.
Ah..., eu não gosto de ficar nessa expectativa. Vou abrir a bolsa, gritou um jovem. Assim o fez.
Dela saíram 6 cachorrinhos que começaram a correr pelo vagão. Uns logo adotaram os bichinhos levando-os consigo.
Alívio para todos.
O que terá feito o camarada deixar os bichinhos exatamente dentro de um vagão do metrô?
Mistério que vocês podem tentar decifrar.
edina bravo
Enviado por edina bravo em 14/06/2016
Reeditado em 24/08/2016
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