Mensagens que edificam - 213

"A metafísica e o sentimentalismo"

A probabilidade de que as ciências paranormais e os métodos psicanalíticos decifrem o ego e a psiquê, são as mesmas que as respostas que buscamos sobre a origem e o destino da raça humana. Não desdenhando nenhum "monstro sagrado" da psicologia ou da filosofia é importante notar que toda informação que temos sobre tais coisas, são apreciadas pela profunda busca, mas em momento algum por uma resposta conclusiva e pontualmente final. Por que associar a física do sobrenatural aos sentimentos? Por uma questão óbvia. Nenhum dos grandes filósofos escapou da dualidade no conceito do que transcende. O grande Aristóteles mantinha uma íntima convivência com a música e a poesia, e nos seus escritos é perceptível que sua interpretação para a sensibilidade se explica na relação da alma com a arte. Para a sua época, foi um expoente visionário, tanto que foi considerado como um dos principais influenciadores da filosofia ocidental, entretanto, mais tarde, grande parte da classe científica pôs em prova as afirmações do referido filósofo, com alegaçoes que não trabalham mais com o silogismo, mas com premissas conclusivas. Longe de qualquer intenção de inviabilizar as deduções do expoente grego, antes trazer ao questionamento que abstrações sempre influenciarão comportamento, mas nunca serão o raio x de nada que traduza a física existencial, e não quântica. Os gregos souberam, como ninguém, mergulhar nestes mares sempre controversos, e penso que, a inspiração para a busca, e o alento para o enfado será encontrado, em cada época, em cada mundo, indiferente ao tempo e ao espaço, porque esta é a sinomínia de quem não se contenta com a obviedade. Lidar com sentimentos e fazer uma inter-relação com aspectos biológicos não é um equívoco, caso fosse não teríamos evidências milenares de causa-efeito na inferência dos sentimentos ao corpo. Por que alimentar emoções ruins favorecem o stress e doenças cardíacas? Por que guardar mágoas e rancores propiciam o surgimento de cânceres e tantas outras enfermidades? Estas constatações não são privilégio da medicina moderna, mas indícios já conhecidos há milênios. No entanto, isto não endossa nenhum compromisso da metafísica com a explicativa das nossas origens biodiversas, mas da sua implícita conotação de participação nos resultados de inflexão comportamental. Absolutamente nada do que temos em caráter de pesquisa é descartável, mas a busca será contínua, tendo em vista que "o buraco é mais embaixo".

Lael Santos
Enviado por Lael Santos em 18/06/2016
Código do texto: T5671472
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