DEPRESSÃO

Vamos falar sobre a depressão, sinceramente?

O que é a depressão? Uma tristeza profunda? Talvez.

Chegue mais perto: Você sente ser uma pessoa deprimida mesmo, ou alguém soprou no seu ouvido que estás com depressão?

Não me venham com ilações de doutos profissionais proselitistas que te induzem a uma situação que podes contornar facilmente. Se acreditares que essa situação lhe abarcou irremediavelmente, aí sim você estará sujeito a aprofundar-se num estado até então desconhecido. A depressão é um mar ilusório para onde rios de doenças teóricas desembocam.

Ficamos tristes sim, às vezes extremamente tristes por diversas razões. Isso sim merece reflexão. Para a tristeza não há remédio farmacológico, não mesmo. Isso é uma invenção, e por que não dizer, intencional. Todas as tristezas são passageiras. Todas as tristezas são resultados de nossas posturas diante dos fatos que aparentemente nos propiciaram a ficarmos tristes. Na maioria das vezes sempre é um mal entendido de nossa parte. É duro dizer isso, mas é a mais pura verdade.

Tristeza tem a ver com frustração, amor não correspondido, perda de ente querido, perda material, preconceito e não aceitação em grupo familiar ou não. A baixa autoestima também é motivo. Entretanto tudo pode ser trabalhado e entendido quando se muda o foco sobre as coisas, pessoas e fatos.

Tenho visto e ouvido com muita frequência pessoas de minhas relações manifestarem-se sobre essa questão e o quanto ficaram dependentes em remédios para curar ou amenizar uma suposta depressão. Durante muito anos passaram entre episódios “depressivos” quando estão sem os comprimidos e outros momentos de normalidade. Em que pese o tratamento continuado e a eterna dependência, noto que seus hábitos e suas posturas permaneceram imutáveis.

Sem medo de errar, afirmo com veemência que a depressão tornou-se um grande negócio, aliás, um bilionário negócio.

Aceito sem parcimônia as depressões conhecidas e reais que devem sim ser tratadas com fármacos, contudo, é mais comum qualquer abalo emocional ou uma tristeza passageira serem promovidas a depressão sem a menor cerimônia por médicos preguiçosos que não ousam em aprofundar-se conhecer melhor o seu paciente.

Culturamente falando, não raras às vezes o paciente encontra-se diante de alguns profissionais afirmando algum desconforto, imediatamente, sem qualquer exame mais apurado, o médico lhe atribui uma virose. Em muitas ocasiões o estresse é o vilão. Em outras a tristeza é depressão. Em todas as ocasiões a receita farmacológica é prescrita indiscriminadamente. Estamos ou não reféns da indústria farmacológica?

Você está triste? Tens certeza que é depressão?

Reze, passeie, mude seus hábitos, pense positivo, ame mais, tenha amigos, ajude as pessoas, faça caridade e trabalho voluntário. No final, verás que o mundo não gira em sua volta e o foco será outro.

Visite um asilo; visite um hospital de câncer infantil; visite uma APAE. Depois procure a sua depressão...