Dê Lírios

Tenho ouvido falar muito sobre violência psicológica ultimamente. O tempo passa e vamos dando nome para as coisas. Fato é que a intimidação moral não é algo novo. Mas, é fato também que muita coisa – e muitas máscaras – vieram à tona com a alavanca da internet.

Caracterizada pela impaciência e comportamentos que desrespeitam a autonomia e a integridade psicológica de uma pessoa, ou a troca de um diálogo pela agressão verbal, a ação cai com um efeito de inércia na capacidade de reação do outro. Fazendo-o inseguro e acuado.

Convém dizer que muitas vezes, nós mesmos somos agressores de nossa autoestima, e embora doa: da dos outros também.

Antes que esta crônica se transforme numa redação de concurso, e longe de querer ser auto ajuda, eu preciso repetir uma coisa: não permita que ninguém lhe faça chantagens emocionais ou te humilhe. Nem que esse alguém seja você mesmo. Seja pelo seu modo de vestir, de ser, de agir, de politicar – na moda hoje em dia. A diferença crucial entre a violência física e a psicológica é que a segunda não lhe deixará marcas pelo corpo. As deixará na alma. Portanto se você não fizer nada, poucas pessoas – ou ninguém – poderão fazer.

-Todos os dias ela chegava sorridente ao trabalho. Linda, como qualquer mulher bem amada diariamente pelo marido, no Facebook-

-Todos os dias ele voltava feliz para casa. Rindo, como qualquer empregado respeitado pelo chefe e não dependente do emprego-

A violência psicológica pode ser invisível para quem está de fora.

*Textos de Quinta - Para fugir da responsabilidade.

Um a cada quinta. Não é promessa, é desejo =)

Marília de Dirceu
Enviado por Marília de Dirceu em 28/07/2016
Reeditado em 28/07/2016
Código do texto: T5711769
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