Borboletas no estômago

Sorrisos, do mínimo que às vezes resta dum ser,

Que seja dos pobres e ilustres singulares,

O mesmo travesseiro em cada canto dormente

Onde reside o consciente adormecido,

Ou um sorriso na apresentação do equilíbrio do que resta,

Dum novo dia sem peso.

Sincero. Alegre. Ciente e implícito dum atributo desprovido de certeza. Mascarado?

Uma autoimagem no espelho da matéria fervilhante,

Das bactérias liminares constantes.

Outro dia embrulha-se a vaidade e a escuridão,

E as borboletas no estômago se agitam

No cumprimento do ser que há de se revelar,

logo à frente num instante fatal!

Sorrindo, um estranho próximo espera por mim...

E parecem cientes das fatalidades e solidões que se alinham

Enquanto o mais incrível vivente de cada ser único

Desbravador, e em incógnita impressão, orbita descrente,

Sorrindo para a atmosfera da vida que lhe silencia a falar

Mas sorri também, na simplicidade de cada desespero,

E de cada esperança que irrompe através da necessidade!