Ih, ela é sagita como eu...

Nunca tinha me ligado tanto em papos sobre signos até conhecer ela. Porém, sempre fui apegado ao meu e acreditava ser muito representado pelo tal "espírito livre" sagitariano. Isso por causa das piadas inúteis que faço frequentemente, das mil e uma viagens que faço, de fato ou em pensamento e o anseio constante em ser livre. Ah, esse papo começou a fazer sentido quando a conheci.

Como era de se esperar, nos conhecemos em uma viagem, beirando o mar, caminhando pela areia molhada durante uma madrugada qualquer. Tivemos uma conversa agradável e ambos rimos demais com as bobagens que falamos - o famigerado bom humor sagitariano. Aí ela me disse que também era sagitariana, depois de um tempo entramos em um hotel qualquer para passar o restante da noite e quando notei já estávamos abraçados dormindo. Fogo com fogo, o que esperar? Rápido assim e intenso, parecia que conhecíamos há anos.

Logo acordei, mas não abri os olhos, fiquei deitado pensando: "agora é a hora de ir embora, quem sabe um dia reencontro ela por ai", tolice! Quando virei para o lado e abri os olhos ela já não estava mais ali, só havia deixado um bilhete escrito: "Gostei da nossa noite. Até mais!". Não deixou nem mesmo o número para eu ligar pra ela outro dia e no canto do bilhete estava escrito em letras minúsculas: "a conta já está paga, aproveite!".

Dali em diante senti o verdadeiro significado do meu signo e esse anseio por liberdade que tanto grita aos meus ouvidos fez ainda mais sentido.

Caio Barros
Enviado por Caio Barros em 28/08/2016
Código do texto: T5742999
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