SOMOS DIFERENTES

Será mesmo que somos iguais?

Não. Não mesmo. E nem deveríamos ser.

Entretanto, as diferenças não abstraem os direitos. Arrisco em afirmar que na questão dos direitos, os homens superestimam o que pensam ser-lhes devido. Reivindicamos uma superioridade em ação sem sentido.

Se a vida é a busca da felicidade, nós homens estamos muito aquém disto. Não é a nossa praia. Uma das diferenças fundamentais entre o homem e a mulher é a que, nós buscamos a utilidade e elas a felicidade. Elas são voluntárias. A propósito, alguém já ouviu falar de “Grupo de Senhores Voluntários”? Ou: “Ação Masculina de Ação Social”?

Homens aposentam-se e retornam ao trabalho remunerado, pois, a “inutilidade” lhes é promotora de doenças ou caraminholas na cabeça.

O voluntariado para as mulheres, bem longe do senso de ocupação, é a busca da satisfação pessoal e a ajuda ao próximo. A maioria de nós homens fica distante dessas ações.

Elas vivem mais e bem. Nós, homens, morremos antes.

Elas aguentam firme a viuvez e vão à busca de suas felicidades.

Nós, homens, quando perdemos nossas mulheres, ficamos choramingando pelos cantos.

Qual é a proporção entre enfermeiros e enfermeiras?

Quantos assistentes sociais homens nós conhecemos? Poucos. Educador Infantil? Conhece algum? Babá? Não existe “Bobô” e nem “Babô” e nem sequer babá masculino. Quando é para tratar e cuidar dos seres humanos, as mulheres são impecáveis. O que é um médico do hospital sem um grupo de enfermeiras?

Nós vamos às guerras para matar e ferir os inimigos. As mulheres tratam de curar as pessoas que nós ferimos.

Elas acolhem as crianças. Elas acolhem os animais. E nós, o que fazemos? Nós povoamos o mundo. Nós fazemos as construções. Elas transformam as construções em lares. Fazem as crianças felizes e os animais amados.

Quando nós homens não conseguimos mais povoar e nem construir, entramos em ruínas e aí: temos as mulheres para nos cuidar.

Será mesmo que somos iguais?