DA COMPLICAÇÃO

DA COMPLICAÇÃO

Se a espiral da vida cria um gráfico no universo para que queremos saber o quanto de energia gastou nesta viagem?

Para que simplificar o cálculo do PI?

Que facilidade que nada!

Se o bom é a complicação; uma verdadeira encrenca, para se ter com o que pelejar tentando decifrar. Nada mais prazeroso do que desvendar a complexidade das coisas, das pessoas (com ou sem sexo) ou das lesmas. O show é surpreender-se com o que está debaixo do tapete (que seja rato ou formiga), atrás da porta. O barato é não esclarecer a equação da vida; não saber o resultado que vai do prego sem cabeça à rosca sem fim.

Tudo mais inteligente tem mais ângulos a serem analisados. Veja o intricado dos quebra-cabeças... As minhocas inteligentes são mais difíceis de serem entendidas completamente, o que deixa à gente o desafio de captá-las ou mandá-las às favas. Suas atitudes sempre alteram e/ou incrementam (o que gera esterco, que para quem não sabe é adubo orgânico). Às vezes são contraditórias, se reinventam; com opiniões inéditas, mas quase sempre resolutas. O bom disso é que assumem suas aberrações, sem traumas e nem vergonha, sem evasivas; também sem defesas (o que as leva aos anzóis, sempre!).

Se quiséssemos simplicidade na ação de viver ficávamos lá no interior, morando em casinha de taipa e chão batido, sem luz elétrica, sem fogão a gás; pilando arroz no monjolo, moendo milho para fazer fubá; tomando uma cachacinha antes das refeições (palitando os dentes se não for banguelo); fazendo sexo sob as estrelas (de cinco em cinco dias, e descansando em fevereiro) e gerando uma prole tal qual Gedeão.

Deu saudade!

A maravilha é olhar no espelho, ver refletida a janela e não entender o equilíbrio desta equação/função que é a complicação.