Coisas & coisas - que me aborrecem & que me alegram

COISAS & COISAS - que me aborrecem & que me alegram.

Alguém certamente dirá: isso acontece com todo o mundo. Tudo bem, mas falo por mim, pelo meu ânimo ou pelo meu desânimo. Vamos primeiro ao amargo e depois ao doce:

Sou uma pessoa altruísta, gosto mesmo de colaborar. Ser útil, para mim, é como ganhar o primeiro prêmio. Deus me deu uma visão clara das coisas. Dou as minhas tacadas erradas às vezes, mas tenho consciência disso, mas fico triste com situações difíceis, atitudes que às vezes tomo por força de certos acontecimentos, falta da compreensão alheia, do respeito à minha pessoa, coisas assim. Não sou radical, conversando a gente se entende, mas acordo é para ser cumprido e não para ser empurrado com a barriga. E aí me entristeço quando vejo talentos serem jogados no lixo, indo pelo ralo ou serem entregues às feras. A vida é bela e para ser aproveitada da melhor maneira, desde que não se fira as leis daqui nem as de lá do alto. Falar de mim, dizer que sou feio, tudo bem, não xingando a minha mãe, está tudo certo. Se um dia eu disser: - Fulano, os números são esses aqui, pode jogar! Jogue porque eu tenho certeza, quando eu não sei, eu digo: eu não sei. Não sou o João Sabido, nem tenho obrigação de ser. Mas jamais perguntarei a você porque virou o rosto para o outro lado quando encontrou comigo na pista de dança.

Mas vamos ao doce, pois é dietético:

Petrópolis parece ser uma cidade pequena, mas a gente se engana. Os compromissos, horários, conduções, nos afastam das pessoas de nossa consideração e às vezes a gente leva algum tempo se encontra-las. Hoje, dia de eleição o endereço de votação levou-me a encontrar um amigo que há muito tempo eu não via. Frequentávamos a mesma igreja e ele pediu-me para ensiná-lo a tocar violão. Isso uns dez anos atrás, mais ou menos. Fiz a minha parte, ele fez o dever de casa direitinho e deu tudo certo. Hoje ele estava lá também para votar e conversamos sobre o passado. Falei para ele das dificuldades que estou encontrando por ter deixado de lado a música e que estou agora pretendendo voltar. - E você? (perguntei) Está bem ainda com o instrumento? Ele respondeu: - Estou, o padre até comprou um violão novo lá para a igreja e as músicas na missa ficaram por minha conta. Uma beleza, graças a você que me ensinou. – Então, (falei) valeu a pena ter investido o meu tempo em você? – Como valeu! Mais uma vez, obrigado. Passe por lá num domingo qualquer.

Meu candidato pode até perder, mas eu ganhei o meu dia.

Gilson Faustino Maia

Gilson Faustino Maia
Enviado por Gilson Faustino Maia em 02/10/2016
Código do texto: T5779124
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