O AMOR É INFINITO ENQUANTO DURA

“O amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente, é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer.” Camões.

Como percebemos, o amor é um sentimento complexo, de difícil definição. Ora, pode ser Eros, o amor físico, ora, pode ser Ágape, o amor incondicional. Todos nós queremos encontrar nossa outra metade. Aquela pessoa que vai nos completar, levar-nos a unicidade, que é a busca de todos nós.

Quando amamos, somos bondosos, crentes, pacientes e tolerantes. Tornamo-nos seres especiais e encantadores. Tudo transcorre com perfeição. Tudo que reluz é ouro, não existem mentiras, enganos e nem dúvidas. Somos céticos, a emoção sobrepuja a razão e não é à toa que diz o adágio popular que “o amor é cego”.
Amamos com todas as nossas células, suor, lágrimas e sangue. Entregamo-nos com desprendimento e sem “porquês” a volúpia e aos desejos enlouquecidos. Tornamo-nos pessoas melhores, pensamos com otimismo e positividade.

E continuamos neste estado de espírito, até que algo aconteça e esta harmonia seja quebrada e uma nuvem escura e carregada desabe sobre nós, boicotando nossa linda história de amor e destruindo todos os nossos sonhos.
O amor desencanta e vira desamor, dá lugar as tristezas e decepções. Melhor que ele saia rapidinho, na surdina, sem deixar rastros.

Impossível? Que nada, se ele for desamarrado a tempo, o estrago é mais ameno e suave. Se isso não acontecer, ele pode virar o oposto, perder toda sua essência e transformar-se em ódio.

O ódio é o amor estragado, e caem sobre nós numa avalanche de arrependimentos, desentendimentos e frustações. Amamos e odiamos num piscar de olhos e isso nos tira de órbita. O ódio é a sujeira que guardamos dentro de nós, e explode sempre no momento de maior estresse em que somos expostos.

Por isso devemos sempre faxinar nosso interior, retirar todos os sentimentos que nos incomoda e nos adoece, tanto fisicamente, quanto espiritualmente. É difícil, nem sempre temos tempo para olhar dentro de nós e perceber que estamos nos enchendo de sujeiras e que viram pragas para consumir nossa sanidade mental.

O amor não deve secar, não devemos deixar que ele morra, mesmo que para isso, cada um siga caminhos diferentes. O que deve prevalecer é o coração, a verdade e a lealdade.

Quando amamos alguém, queremos que ele seja feliz, mesmo que para isso, precisemos abdicar de sua presença em nossas vidas. Que o amor seja infinito enquanto dure, já dizia o Poetinha Vinícius de Moraes.

12.10.2016
Educadora Cris Souza
Enviado por Educadora Cris Souza em 12/10/2016
Reeditado em 12/10/2016
Código do texto: T5789313
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