ADOLESCÊNCIA MEDÍOCRE.

A economia, a política e a sociedade viram nos adolescentes uma grande massa de manobra para alcançarem seus objetivos. Assim, os colocaram em um pedestal deixando-os acharem que são poderosos e que tudo podem. Exemplos? Vamos a eles:

Economia – No lugar de um supervisor experiente devidamente contratado pela CLT, colocam-se dois adolescentes com o título de Chief commercial officer (CCO), Maneger, Chief Executive Officer (CEO)..., e os coloca como Free Lancer, sem horário e sem chefe, mas também sem vínculo trabalhista e sem salário fixo.

Enchem a bola como empreendedores e os fazem trabalhar além das oito horas, além de fulltime virtualmente quando estão em casa. Isto tudo por uma merreca no fim do mês sem benefícios, consequentemente obrigando-os a morar com seus pais até os 40 anos, pois não conseguem o autossustento.

Política – Todo adolescente é por natureza rebelde e radical. Um bom discurso populista com ar de politicamente correto com certeza irá induzi-lo a anarquia sem muito pensar. As manifestações Coxinha X Petralhas que o digam. Muito mais grave, foi o induzimento a encampar escolas contra a PEC (que não leram e é apenas uma proposta em estudo) no Paraná, que fez uma vítima fatal dentro do Colégio Santa Felicidade em Curitiba, após uma discussão entre acampados drogados.

Sociedade: A sociedade dos politicamente corretos deu autonomia via Estatuto da Criança e Adolescente, a crianças do Rio Grande do Sul a se manifestarem através de greve/mídia pelo uso de “Short” como substituto do uniforme do colégio e com certeza não é o calor o motivo.

Enfim, triste realidade destes adolescentes que são usados como massa de manobra no interesse de alguns grupos de espertos. O fato é que os verdadeiros responsáveis por este caos e suas consequências futuras somos nós, pais, que incentivamos e apoiamos nossos filhos. Por que nossos filhos são melhores que os dos outros, por que são especiais e prodígios, simplesmente gênios destemidos. Será?

Jovens são apenas jovens, desprovidos de experiências e maturidade, que jamais sofreram (não deixamos), inconsequentes (bancamos o prejuízo), normalmente sem respeito (não educamos a ter), utópicos (escondemos a realidade) e confiados (damos tudo).

Não, não é o fim do mundo. Há uma luz! No futuro, quando alcançarem nossa idade sem muito sucesso, perceberão o quanto erramos com eles e serão mais rígidos quando educarem os seus, tratando os nossos netos simplesmente como adolescentes que o serão, inibindo que seja massa de manobra como seus pais então sendo hoje.

Assim é o ciclo da vida, uma geração erra e a outra...

Boa semana a todos.